Cabo Verde aprova plano de recuperação para ilhas afectadas pela tempestade

O Governo cabo-verdiano aprovou um plano estratégico de resposta e recuperação para as ilhas de Santo Antão, São Nicolau e São Vicente, depois da tempestade tropical que provocou nove mortos, segundo decreto publicado nesta Segunda-feira em Boletim Oficial. O diploma, apresentado há dois dias, surge após a declaração de calamidade e visa "garantir a mais célere…
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O diploma, apresentado há dois dias, surge após a declaração de calamidade e visa "garantir a mais célere e plena reposição das condições de vida, de mobilidade e de acessibilidade da população".
Economia

O Governo cabo-verdiano aprovou um plano estratégico de resposta e recuperação para as ilhas de Santo Antão, São Nicolau e São Vicente, depois da tempestade tropical que provocou nove mortos, segundo decreto publicado nesta Segunda-feira em Boletim Oficial.

O diploma, apresentado há dois dias, surge após a declaração de calamidade e visa “garantir a mais célere e plena reposição das condições de vida, de mobilidade e de acessibilidade da população”.

São Vicente foi a ilha mais atingida, com nove mortos confirmados e uma mulher ainda desaparecida. A tempestade provocou derrocadas em Santo Antão, deixando localidades isoladas devido ao corte de estradas e registando danos em redes de água, saneamento e energia.

Em São Nicolau, há a contabilizar igualmente estragos em habitações, vias de comunicação e outras infraestruturas públicas.

O Governo utilizará verbas do Fundo Nacional de Emergência e do Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019 para responder a catástrofes naturais e choques económicos externos.

O plano estratégico prevê apoios às famílias das vítimas, incluindo rendimentos de emergência, pensões, realojamento temporário e reabilitação de habitações. As medidas abrangem ainda o sector económico, com subvenções, linhas de crédito bonificado e benefícios fiscais para comerciantes informais, pescadores, agricultores e pequenas empresas.

Entre as prioridades imediatas estão a desobstrução de vias, reconstrução de muros de contenção, reparação das redes de água e energia, estabilização do saneamento e reforço do sistema de protecção civil. O diploma estabelece igualmente um regime excecional de contratação pública para acelerar a execução das obras.

A coordenação política ficará a cargo do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, envolvendo vários ministros e o presidente da Câmara de São Vicente, enquanto o conselho nacional de Protecção Civil assegurará a coordenação operacional.

Além da resposta imediata, diz a Lusa, será realizado um levantamento exaustivo dos danos para estruturar o programa de recuperação e reforço da resiliência, abrangendo estradas, habitações, orla marítima, sistemas de drenagem e equipamentos públicos e privados.

 

 

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