Cabo Verde com balança comercial negativa no 3º trimestre

A balança comercial cabo-verdiana foi negativa em mais de 215 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, um agravamento superior a 35% face ao período homólogo de 2021. Segundo o relatório trimestral do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, consultado pela Lusa, este desempenho foi agravado pelo aumento nas importações, que…
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Instituto Nacional de Estatística justifica que o fraco desempenho foi agravado pelo aumento nas importações, que cresceram de Julho a Setembro de 2022 para 227 milhões de euros, cerca de 31,2%.
Economia Negócios

A balança comercial cabo-verdiana foi negativa em mais de 215 milhões de euros no terceiro trimestre de 2022, um agravamento superior a 35% face ao período homólogo de 2021.

Segundo o relatório trimestral do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano, consultado pela Lusa, este desempenho foi agravado pelo aumento nas importações, que cresceram 31,2% de Julho a Setembro deste ano, para 25.053 milhões de escudos (227 milhões de euros), face a 2021.

Já as exportações, detalha o relatório, caíram 17,8% no terceiro trimestre, em termos homólogos, para 1.254 milhões de escudos (11,4 milhões de euros), enquanto as reexportações cresceram 114,5%, para 8.303 milhões de escudos (75,3 milhões de euros).

Com este desempenho, a balança comercial de Cabo Verde voltou a ser negativa no terceiro trimestre, em 23.799 milhões de escudos (215,7 milhões de euros), contra o défice de 17.575 milhões de escudos (159,3 milhões de euros) no mesmo período de 2021 (+35,4%).

De acordo com INE, no terceiro trimestre de 2022 a Europa manteve-se como o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo 93,7% do total das exportações cabo-verdianas, sendo a Espanha o maior importador do arquipélago, com uma quota de 56,6% do total, seguida da Itália (20,6%) e de Portugal com 16,6%.

Os produtos mais exportados por Cabo Verde no período em referência foram os preparados e conservas de peixes (70,5% do total das vendas), vestuário (8%) e peixe, crustáceos e moluscos (7%).

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