Cabo Verde destaca-se como modelo de democracia e êxito no combate à malária

O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, destacou a importância da democracia para a estabilidade e combate à malária em África, elogiando Cabo Verde como exemplo a seguir. Durante a cerimónia oficial de anúncio da certificação de Cabo Verde como país livre de casos locais de malária, Ghebreyesus expressou orgulho no investimento…
ebenhack/AP
A Organização Mundial da Saúde certificou, há dias, o arquipélago como um país livre de malária. Documento foi entregue ao primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
Economia

O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, destacou a importância da democracia para a estabilidade e combate à malária em África, elogiando Cabo Verde como exemplo a seguir.

Durante a cerimónia oficial de anúncio da certificação de Cabo Verde como país livre de casos locais de malária, Ghebreyesus expressou orgulho no investimento cabo-verdiano em boa governação, salientando que a estabilidade é crucial para o desenvolvimento e a prosperidade.

“Enquanto muitos países estão a recuar em termos de democracia e boa governação, Cabo Verde é um modelo que falta em muitos países africanos”, afirmou o director-geral da OMS, citado pela Lusa.

O certificado de Cabo Verde como país livre de malária entra para a história ao lado de eventos como a conquista da independência e democracia, segundo Ghebreyesus. O documento foi entregue ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante a cerimónia.

De acordo com a Lusa, o primeiro-ministro atribuiu o sucesso à população cabo-verdiana, considerando-a responsável pela conquista. O certificado representa não apenas o fim de um constrangimento para o turismo, mas também um passo fundamental no reforço do sector da saúde como pilar para o desenvolvimento sustentável do país.

Apesar do êxito, Ghebreyesus alertou para a necessidade de “treino e investimento contínuo” para manter uma vigilância forte em relação a casos de malária que possam entrar no país, especialmente considerando a posição de Cabo Verde como um arquipélago atlântico na costa oeste africana.

O diretor-geral da OMS também chamou a atenção para o aumento global de casos e mortes por malária, destacando que entre os países lusófonos, apenas Portugal e Cabo Verde são classificados como livres da doença, tendo pedido atenção especial para África, que abriga mais de 90% dos casos e mortes por malária no mundo, com a Nigéria e a República Democrática do Congo a liderarem a lista de países mais afectados.

Mais Artigos