Cabo Verde ganha elogios da organização africana pela sua competitividade na economia digital e de serviços

A competitividade económica nos sectores digitais e de serviços ganha por Cabo Verde está a ser alvo de elogios por parte de uma alta organização económica africana. Trata-se da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês), que, por via do seu secretário-geral, Wamkele Mene, elogiou os progressos assinalados. Em destaque foram…
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Elogios vieram do secretário-geral da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), que diz não ter dúvidas de que o Executivo do arquipélago investiu ao longo dos anos e já colhe benefícios.
Economia

A competitividade económica nos sectores digitais e de serviços ganha por Cabo Verde está a ser alvo de elogios por parte de uma alta organização económica africana. Trata-se da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês), que, por via do seu secretário-geral, Wamkele Mene, elogiou os progressos assinalados.

Em destaque foram colocados os sectores da economia digital e os serviços, nomeadamente farmacêuticos, áreas em que a organização africana acredita ser possível tirar-se proveito num acordo.

“Estas são áreas, que acredito que Cabo Verde já deu passos para criar competitividade, e com a competitividade que o Governo trabalhou muito ao longo dos anos para construir, nas tecnologias digitais e no setor dos serviços, há um mercado enorme de benefícios”, apontou Wamkele Mene, citado pela Lusa.

O responsável está na cidade da Praia, naquela que é a sua primeira visita oficial, para contactos com as autoridades cabo-verdianas, o sector privado e a sociedade civil, sobre o essencial dos progressos em curso, no quadro do estabelecimento do Secretariado da AfCFTA.

O secretário-geral disse ainda que o acordo comercial entre as partes deve ser visto no sentido de como o país vai combinar essa competitividade e a expansão para novos mercados.

Wamkele Mene sublinhou que o texto do acordo prevê benefícios especiais para os pequenos Estados insulares, como Cabo Verde, que tem reclamado um tratamento especial nos diversos fóruns internacionais, assim como para os que enfrentam outros desafios para o acesso aos mercados.

“Mas acho que o aspecto mais importante é como vamos fazer para que todos os países beneficiem, quer sejam grandes ou pequenos países, com ou sem litoral, indo além do que está no texto legal”, explicou, salientando a importância da conectividade e da inclusão para ultrapassar os desafios que o continente enfrenta para fazer negócios.

Estabelecida em 2018, a AfCFTA reúne 55 economias africanas, com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 3,4 triliões de dólares. Por área geográfica e número de países participantes, constitui a maior zona de comércio livre desde a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Através desta Zona, os países africanos estão a construir um mercado continental único de bens e serviços, facilitado pela circulação de capitais e pessoas, lançando assim as bases para o estabelecimento de uma União Aduaneira Continental. Outros objectivos incluem a promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, o desenvolvimento industrial e a diversificação.

Cabo Verde está entre os Estados-membros da União Africana que assinaram o Acordo AfCFTA em 2018 e depositou os instrumentos de ratificação na União Africana, em Fevereiro último, tornando-se no 41.º país a fazer parte do acordo.

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