O Governo de Cabo Verde está a trabalhar no sentido de criar o seu serviço hidrográfico, anunciou, na cidade de Mindelo, o ministro do Mar, Jorge Santos.
A informação foi avançada, recentemente, durante a 2.ª Conferência de Hidrografia da CPLP, cuja cerimónia contou com a presença do secretário-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e de representante de todos os Estados-membros, com a organização do Instituto Marítimo Portuário (IMP).
O governante explicou que, neste desiderato, Cabo Verde ambiciona contar com a experiência de cada país membro da CPLP, bem como de outros países e organizações internacionais, tendo referido que o arquipélago quer dar este passo e ao mesmo tempo ser útil no quadro da CPLP, para a outro tempo, “trazer esta experiência da CPLP para a CEDEAO, nossa sub-região africana que também precisa desta cooperação”.
Na sua alocução, o ministro indicou que as autoridades cabo-verdianas estão a adoptar equipamentos aéreos e marítimos para fazer face aos desafios da actualidade, e deu o exemplo da “parceria ímpar” com o Luxemburgo, visando adquirir meios via satélite.
Por outro lado, Jorge Santos vincou que “a hidrografia e a cartografia são áreas importantes para a CPLP, países com vasta linha de costa, com extensa zona económica exclusiva, alguns dos países com zona económica exclusiva maior que o território, como é o caso de Cabo Verde”.
De acordo com o governante, citado numa nota publicada no website do Governo do arquipélago e consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a cooperação entre Cabo Verde e Portugal nunca foi melhor nestas matérias, destacando como “grande” a cooperação com o Brasil, particularmente, no domínio do mar e da defesa ambiental.