O Governo de Cabo Verde vai investir cerca de 9 mil euros na conclusão da última etapa das obras do Mercado de Peixe da cidade do Porto Inglês, na ilha do Maio, num projecto considerado estratégico para a modernização da fileira das pescas locais e para o reforço da economia insular.
O financiamento será assegurado através do Fundo Autónomo das Pescas e do Fundo do Turismo, reflectindo uma abordagem integrada entre o desenvolvimento do sector primário e a valorização da actividade turística, num território fortemente dependente dos recursos marinhos.
Os recursos destinam-se à execução dos acabamentos interiores e exteriores, à instalação de equipamentos especializados, à implementação de sistemas de refrigeração, bem como à aquisição e montagem de mobiliário essencial ao pleno funcionamento da infra-estrutura. O objectivo é dotar a ilha de uma unidade moderna, funcional e alinhada com os padrões exigidos para a conservação, comercialização e valorização do pescado.
As obras deverão arrancar no mês de Janeiro, com um prazo estimado de seis meses para a sua conclusão. A intervenção permitirá melhorar as condições de trabalho dos operadores do sector e reforçar a capacidade de resposta da ilha do Maio às exigências do mercado, num contexto de crescente atenção à segurança alimentar e à sustentabilidade dos recursos marinhos.
O ministro do Mar, Jorge Santos, presidiu este Domingo, 21, ao acto de assinatura de um contrato-programa entre o Governo e a Câmara Municipal do Maio, formalizando o compromisso institucional para a conclusão do projecto.
Segundo um comunicado divulgado no site oficial do Governo, a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o governante manteve igualmente um encontro com a Fundação Maio Biodiversidade, com vista à discussão de soluções para a recolocação da areia dragada no porto da ilha.
“A areia vai ser colocada em alinhamento com as recomendações técnicas da Direcção Nacional do Ambiente e da Fundação Maio Biodiversidade, garantindo uma resposta sustentável para a questão”, refere o documento, sublinhando a preocupação do Executivo com a compatibilização entre desenvolvimento infra-estrutural e preservação ambiental.
