Cabo Verde vai candidatar documentos sobre escravatura à Unesco 

Cabo Verde vai dar entrada, em Novembro, a candidatura de documentos sobre a escravatura ao Registo Internacional da Memória do Mundo da Unesco, esperando estar a dar um contributo para a humanidade. “Será um contributo de Cabo Verde para o estudo, para a humanidade, para o continente africano, para os afrodescendentes, mas também para a…
ebenhack/AP
Apresentação da proposta de candidatura dos documentos sobre a escravatura ao Registo Internacional da Memória do Mundo da UNESCO foi feita pelo ministro da Cultura de Cabo Verde.
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Cabo Verde vai dar entrada, em Novembro, a candidatura de documentos sobre a escravatura ao Registo Internacional da Memória do Mundo da Unesco, esperando estar a dar um contributo para a humanidade.

“Será um contributo de Cabo Verde para o estudo, para a humanidade, para o continente africano, para os afrodescendentes, mas também para a consolidação daquilo que são os itens que nos levam a formatar a identidade nacional”, afirmou o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas cabo-verdiano, Abraão Vicente.

O governante falava à imprensa, na Praia, à margem da apresentação do novo site do Arquivo Nacional de Cabo Verde e da apresentação da proposta de candidatura dos documentos sobre a escravatura ao Registo Internacional da Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

De acordo com o Ministério da Cultura, a proposta de candidatura contempla quatro caixas de documentos avulsos, 12 livros manuscritos de registo de escravos em todas as nove ilhas habitadas do arquipélago, datados do final da escravidão nas colónias.

Mas há ainda um livro manuscrito datado de 1858 referente às Cartas de liberdades dadas pelo Governo Geral da Província de Cabo Verde e outro de Autos de Juramento da Comissão Mista Luso-Britânica para a abolição do tráfico de escravos, datado de 1843 a 1849.

Para o ministro, citado pela Lusa, trata-se de um “avanço significativo” desde a criação da Comissão Nacional de Memória do Mundo, em que o seu Ministério aceitou a proposta do Instituto Pedro Pires para a avaliação da inscrição dos escritos de Amílcar Cabral à memória do mundo, cuja candidatura também será formalizada já no próximo mês de Novembro.

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