A fabricante de aeronaves brasileira Embraer anunciou esta semana que a sua carteira de pedidos atingiu 26,3 mil milhões de dólares, no quarto trimestre de 2024, o maior volume da sua história.
No segmento de aviação comercial, a carteira de pedidos da Embraer somou 10,2 mil milhões de dólares, entre Outubro e Dezembro de 2024, um aumento de 15% face ao mesmo período de 2023, mas recuou 8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Essa unidade de negócios entregou 31 novas aeronaves durante o último trimestre e 73 em todo o ano passado.
No segmento de aviação executiva, a carteira de pedidos da empresa registou um recorde histórico de 7,4 mil milhões de dólares, valor 70% acima do registado entre Outubro e Dezembro de 2023 e 67% acima do terceiro trimestre de 2024.
De acordo com a Embraer, o recorde foi alcançado após a assinatura de um contrato com a Flexjet, que prevê a entrega de 182 jatos executivos, com a possibilidade de mais 30, num negócio que pode render até 7 mil milhões de dólares.
No último trimestre, a divisão de aviação executiva da Embraer entregou 44 jatos, de um total de 130 entregas realizadas em 2024.
Já no segmento de defesa e segurança, a carteira de pedidos da Embraer, entre Outubro e Dezembro, chegou a 4,2 mil milhões de dólares, um crescimento de 67% face ao mesmo período de 2023 e 15% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
A Embraer actualmente possui 32 pedidos para o avião de transporte militar C-390 Millennium, incluindo três aeronaves em carteira que foram compradas por Portugal, e 17 para a sua aeronave de ataque leve.
No comunicado, a fabricante brasileira salientou que a Força Aérea Portuguesa se tornou no seu primeiro cliente da versão NATO da aeronave A-29N Super Tucanos de ataque leve, com a aquisição de 12 unidades, porém, o contrato não estava activo no final de 2024, pelo que não consta da carteira de pedidos.
Enquanto isso, no segmento de serviços e suporte, diz a Lusa, a Embraer encerrou o último trimestre com uma carteira de 4,6 mil milhões de dólares, montante 50% maior do que no quarto trimestre de 2023 e 31% superior ao terceiro trimestre do ano passado.