O emprego por conta própria sem trabalhadores, continuou a absorver a maioria da população empregada em angolana, durante o segundo trimestre de 2021, representando uma taxa de 32,1% de pessoas empregadas no país, segundo dados do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), referente ao período em referência.
De acordo com os dados compilados pela FORBES a partir da Folha de Informação Rápida (FIR) do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), estima-se ainda que 30,7% da população empregada são trabalhadores familiares sem remuneração.
Quanto a taxa de desemprego em Angola, no segundo trimestre de 2021, diz o INE, registou um aumento de 31,6%, fixando-se em mais 1,1% face ao primeiro trimestre do ano em curso.
Já o nível de emprego, durante o segundo trimestre de 2021, caiu 1% em relação ao trimestre anterior e apresentou uma variação crescente de 6,4%, quanto comparado com o trimestre homólogo de 2020.
O IEA é um inquérito por amostragem, dirigido aos agregados familiares residentes em Angola, sendo excluídos aqueles residentes em habitações colectivas, tais como hotéis, hospitais, quartéis militares e residências de estudantes.
Por trimestre são seleccionados um total de 10.944 agregados familiares, sendo 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural. Para a pesquisa são recolhidos dados sociodemográficos de todos os membros e para as questões sobre emprego são solicitadas informações às pessoas residentes no território nacional com 15 anos.
BM desembolsa 4 milhões de dólares anuais para a elaboração do IEA
Para a elaboração do relatório sobre o Inquérito ao Emprego em Angola o Banco Mundial (BM) disponibiliza anualmente ao Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano um total de 4 milhões de dólares.
O dado foi revelado por Patrick Pedro, técnico sénior do INE, durante um seminário metodológico promovido, há dias, pela instituição, acrescentando, na ocasião, que o IEA compreende também inquéritos periódicos trimestrais, enquadrados no plano de actividades 2018-2022 do INE.
Para a elaboração do IEA o Instituto de Estatística contou com pelo menos 115 agentes da instituição, designadamente 95 de campo, entre os quais três inquiridores por cada uma das 17 províncias e seis para Luanda, sendo que 20 técnicos trabalharam directamente na elaboração do IEA.
Os conceitos, aplicados pelo INE para a elaboração do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) resultam das recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tornando-os, portanto, universais.