Chefes de Estado africanos juntam-se em Malabo para debater desafios humanitários do continente

Os chefes de Estado da União Africana (UA) estão reunidos esta Sexta-feira, 27, em Malabo, capital da Guiné Equatorial, numa conferência para debater, dentre outros assuntos, os desafios humanitários que o continente africano enfrenta e delinear estratégias para mobilizar os recursos necessários às suas respostas. A conferência extraordinária da União Africana (UA) na capital da…
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Conferência extraordinária da União Africana junta hoje em Malabo estadistas africanos, parceiros humanitários e de desenvolvimento e o sector privado para analisar situação humanitária da região.
Líderes

Os chefes de Estado da União Africana (UA) estão reunidos esta Sexta-feira, 27, em Malabo, capital da Guiné Equatorial, numa conferência para debater, dentre outros assuntos, os desafios humanitários que o continente africano enfrenta e delinear estratégias para mobilizar os recursos necessários às suas respostas.

A conferência extraordinária da União Africana (UA) na capital da Guiné Equatorial – que junta aos estadistas africanos, parceiros humanitários e de desenvolvimento, assim como o sector privado – tem ainda como objectivo encorajar a mobilização de recursos para responder à emergência humanitária sem precedentes que o continente enfrenta atualmente, e apoiar programas de resiliência para populações afectadas por crises complexas, fome, e outras catástrofes, como anunciou a organização.

Espera-se que o encontro venha a produzir um conjunto de deliberações em torno de cinco temas centrais, designadamente “Alterações Climáticas”, “Catástrofes e Deslocações Forçadas em África”, “Desafios da Segurança Alimentar e Nutricional”, “Desafios de Saúde”, “Desenvolvimento da Reconstrução Pós-conflito para Refugiados e Deslocados”; e “Revitalização da Mobilização de Recursos e Financiamento da Acção Humanitária no Continente”.

Entre os oradores estarão o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, na qualidade de “campeão” da UA para a Redução de Riscos de Catástrofes, de acordo com a Lusa.

África tem mais de 35 milhões de pessoas deslocadas internamente (IDPS, na sigla em ingês), refugiados e requerentes de asilo. Em 2020, o continente contava com 10,4 milhões de crianças deslocadas internamente com menos de 15 anos, segundo a UA.

Os conflitos prolongados e os conflitos intercomunitários em algumas partes do continente continuam a contribuir para o aumento das deslocações, insegurança alimentar e acesso limitado aos serviços sociais básicos.

A maioria dos países que enfrentam conflitos estão também a sofrer outras formas de choques, particularmente os relacionados com o clima e a economia. A violência armada, o terrorismo e a insegurança forçaram mais pessoas do que nunca a fugir das suas casas, destruindo o tecido social das comunidades e perturbando os serviços sociais básicos.

Além disso, algumas partes do continente acolhem um grande número de refugiados, requerentes de asilo e pessoas apanhadas em movimentos migratórios mistos, que requerem assistência humanitária e proteção dos direitos humanos.

Com Lusa

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