Chinesa CNCEC vai construir refinaria do Lobito

O governo angolano, através da petrolífera estatal Sonangol, assinou nesta sexta-feira, 20, com a empresa chinesa CNEC o contrato para a construção da Refinaria do Lobito, na província de Benguela, um investimento global avaliado e 6 mil milhões de dólares. A Sonangol assinou o contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção com a empresa chinesa China…
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O contrato para a construção do empreendimento, avaliado em 6 mil milhões de dólares, foi rubricado na última Sexta-feira, 20, entre a petrolífera estatal angolana Sonangol e a empresa chinesa CNCEC.
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O governo angolano, através da petrolífera estatal Sonangol, assinou nesta sexta-feira, 20, com a empresa chinesa CNEC o contrato para a construção da Refinaria do Lobito, na província de Benguela, um investimento global avaliado e 6 mil milhões de dólares.

A Sonangol assinou o contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção com a empresa chinesa China National Chemical Engineering (CNCEC), o de Supervisão da Construção do Projecto com a empresa americana KBR, e o contrato de Serviços de Consultoria para Suporte Técnico com a empresa angolana DAR.

Com um valor inicial de 12 mil milhões de dólares, o projecto teve uma redução de investimento de 50%, e deverá ser executado em 40 meses. A empreitada, cuja fase de preparação decorreu entre 2012 e 2016, e uma optimização no período entre 2018 e 2021, arranca ainda este ano.

Em declarações à imprensa, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou que a Refinaria do Lobito, que terá uma capacidade de processamento de 200 mil barris diários, um “projecto estratégico” para o país e para a região.

Apesar da conjuntura mundial, frisou o ministro, o governo angolano está decidido a realizar o projecto, pela sua importância para a economia do país e para a diversificação económica. Diamantino Azevedo destacou que foram revistos os estudos do ponto de vista técnico e económicos, conseguindo-se uma redução significativa. “Temos em princípio agora um custo estabelecido a rondar os seis mil milhões de dólares para a construção do projeto”, frisou.

Relativamente a participação da vizinha República da Zâmbia, que manifestou também interesse em fazer parte do projecto, o governante angolano avançou que continuam as discussões com o Governo zambiano para ver se efectivamente a manifestação de interesse se concretize.

“Há também outros países da nossa região que estão a olhar para a possibilidade de poderem vir a ser accionistas desse projecto. Vamos continuar a conversar com esses países e no devido momento poderemos dar mais informações”, explicou Diamantino Azevedo.

Durante o acto de assinatura dos contratos, o responsável pelo pelouro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás orientou a Sonangol no sentido de iniciar, “de imediato”, um estudo de viabilidade para a construção de uma componente química, para aproveitamento dos subprodutos da futura refinaria.

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