Ciclo de cinema angolano vai homenagear Mário Pinto de Andrade

O ciclo de cinema "Memórias Marginalizadas", do Goethe-Institut Angola, vai homenagear Mário Pinto de Andrade, uma “personagem super importante” da História de Angola, mas que está esquecida. Segundo o coordenador da programação cultural do organismo em Angola, Ngoi Salucombo, o instituto tem como temática deste ano para todos os seus eventos as "Memórias Marginalizadas". "Queríamos…
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“Eu costumo dizer que ele [Mário Pinto de Andrade] é realmente o exemplo de uma memória marginalizada, ou seja, é alguém, é uma personagem super importante na História de Angola”, diz Ngoi Salucombo.
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O ciclo de cinema “Memórias Marginalizadas”, do Goethe-Institut Angola, vai homenagear Mário Pinto de Andrade, uma “personagem super importante” da História de Angola, mas que está esquecida.

Segundo o coordenador da programação cultural do organismo em Angola, Ngoi Salucombo, o instituto tem como temática deste ano para todos os seus eventos as “Memórias Marginalizadas”.

“Queríamos fazer um ciclo de cinema com filmes africanos e depois fomos só identificar que produções é que se encaixavam na temática, que é muito importante para nós porque coincide um pouco com a questão dos 50 anos de independência de Angola (que se assinalam em 11 de Novembro), em que há realidades e pessoas que continuam marginalizadas”, declarou Ngoi Salucombo.

Precisamente por isso escolheram o documentário “Mário”, de Billy Woodberry, sobre Mário Pinto de Andrade, um dos fundadores do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), figura que consideram que foi apagada da História do país, para ser exibido no primeiro dia do ciclo de cinema, em 22 de Maio.

“Eu costumo dizer que ele [Mário Pinto de Andrade] é realmente o exemplo de uma memória marginalizada, ou seja, é alguém, é uma personagem super importante na História de Angola, mas que a geração pós-independência praticamente não conhece”, lamentou.

“A minha geração, dos anos 80, [do período] logo após a independência, ainda não aborda certos temas. Então, foi por isso, que foram identificados alguns filmes, de outras nações africanas também, porque essa é uma realidade africana transversal”, acrescentou.

O curador dos filmes explicou que a escolha dos restantes conteúdos teve como objectivo “alargar a localização das estórias africanas” visualizadas.

Cinco documentários vão ser exibidos entre 22 e 25 de Maio em Luanda, Angola (Cine São Paulo), São Tomé e Príncipe (Cacau), na Baía, Brasil (Casa de Angola na Baía) e em Berlim, Alemanha (Sinema Transtopia).

Os filmes que estarão em exibição, segundo a Lusa, serão: “Mário” (Angola), “Não se Atrase para o Meu Funeral” (África do Sul), “Não há Caminho Simples para Casa” (Sudão do Sul), “Nossa Terra, Nossa Liberdade” (Quénia) e “Dahomey” (Benim).

O coordenador da programação cultural do organismo em Angola, esclareceu que o evento é grátis em todos os locais menos em Berlim pelo facto, de o espaço ser alugado e onde o bilhete tem o custo de nove euros.

 

 

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