O ciclo de palestras “Sons das Independências” que inicia esta Segunda-feira, 16 e 14 Julho vai procurar olhar para a cultura expressiva nas antigas colónias africanas e a transformação depois das independências, explorando a relação entre música e os processos de construção de nações.
Segundo o investigador do Instituto de Etnomusicologia e professor auxiliar convidado do Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa e responsável pela organização da iniciativa, Marco Roque Freitas, o ciclo incide sobre a relação da música com as independências de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
As construções sonoras de Angola após a independência, a relação do anticolonialismo com a memória sonora em Cabo Verde, as trajectórias da produção musical na Guiné-Bissau, os sons de São Tomé e Príncipe e a construção sonora de Moçambique são os temas abordados nas cinco palestras.
Além de Marco Roque Freitas, com investigação feita em Moçambique, diz a Lusa, participam os investigadores André Castro Soares, Inês Nascimento Rodrigues, Magdalena Chambel e Miguel Barros, de diferentes instituições.
“As palestras – enquadradas na unidade curricular “Música e Estudos Pós-coloniais” da licenciatura de Ciências Musicais – serão realizadas digitalmente, às Segundas-feiras, entre as 16:00 e as 18:00, com cinco investigadores que vão abordar especificidades de cada um dos países, que celebram este ano os 50 anos das independências (com excepção da Guiné-Bissau que declarou a sua independência em 1973)”, afirmou Marco Freitas.
De acordo com Marco Roque Freitas, além da dispersão geográfica dos vários investigadores, o meio digital permite também “desterritorializar o evento e permitir que qualquer pessoa de qualquer um dos países possa assistir” às palestras.
O programa do ciclo pode ser consultado em: https://www.fcsh.unl.pt/eventos/ciclo-de-palestras-online-sons-das-independencias/