O cientista sul-africano e director do projecto Southern, African Botanical Diversity Network, Bryan Huntley, mostrou-se optimista sobre o futuro dos jovens botânicos e ecologistas angolanos e solicitou o apoio do Governo para o desenvolvimento deste sector de pesquisa e dos parques nacionais.
O desejo foi expressso, recentemente, em Luanda, durante a audiência concedida pela vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
“A biodiversidade de Angola é muito rica, porque Angola tem mais biomas e ecorregiões do que qualquer outro país em África”, disse o cientista que apontou para as potencialidades da floresta do Maiombe, do deserto do Namibe, além das espécies raras como a Palanca Negra e a planta Welwitschia Mirabilis.
Bryan Huntley disse que falou com a vice-Presidente da República sobre a experiência, durante os últimos 30 anos, do Programa de Desenvolvimento da Ciência Botânica na África Austral, que reuniu dez países, incluindo Angola. Durante dez anos, Esperança da Costa, enquanto bióloga, liderou a equipa angolana.
Desde a sua chegada a Angola, em 1970, Bryan Huntley tem feito estudos sobre os biomas das florestas de Cabinda, das matas de Miombo, Mupanda, Luanda, Cangandala, e sobre o deserto do Iona, além de ter trabalhado com estudantes e novos cientistas.
O cientista ofereceu um livro sobre a “Ecologia de Angola”, de sua autoria, à Vice-Presidente da República, apelou à conservação dos parques nacionais e ao apoio do Governo nesta acção.
“Os parques nacionais de Angola são grandes. E com o apoio do Governo, apoio do povo, tudo é possível. Todos os países de África teveram os mesmos problemas. É uma coisa que os governos podem fazer”, disse.