A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola garantiu que até ao encerramento das 13.238 assembleias de voto, no país e no exterior, não tomou conhecimento, oficialmente, de nenhuma reclamação sobre o processo, de acordo com o seu porta-voz, Lucas Kilundo.
Falando a imprensa no primeiro balanço sobre o pleito eleitoral, depois do fecho da votação, o responsável considerou que “o processo de eleição de hoje, [dia 24 de Agosto de 2022] foi um sucesso retumbante”, garantindo, por outro lado, que “a Comissão Nacional Eleitoral não recebeu, de forma oficial, qualquer tipo de referências de irregularidades em relação ao processo”.
O porta-voz informou que, passadas duas horas depois do encerramento das assembleias de voto, o Centro de Escrutínio começava a receber as primeiras actas, provenientes da África do Sul, República do Congo e da Zâmbia, explicando que, naquele momento, ainda não era possível partilhar dados sobre a taxa de participação, tão pouco a previsão do lançamento dos resultados finais.
Cinco horas depois da abertura das urnas, a CNE, depois de reunir em plenário, aprovou a votação dos eleitores que possuíam o bilhete caducado, a cópia do mesmo ou o talão que confirmava a emissão de uma segunda via do documento. Questionado sobre o assunto, Lucas Kilundo, justificou que a decisão “resultou de uma apreciação da realidade em si, bem como de uma correcta interpretação dos dispositivos legais da Lei Orgânica sobre as eleições gerais, no sentido de não se promover uma situação de desigualdade de oportunidades, em relação aos cidadãos eleitores no país e os que se encontram no estrangeiro”
Quanto a possibilidade de existência de outras fontes que possam vir a avançar dados sobre a contagem dos votos, o porta-voz da CNE lembrou que “só os resultados publicados pela Comissão Nacional Eleitoral têm validade e só eles é que são relevantes”.