O Presidente da República de Angola, João Lourenço, revelou neste Sábado, 15, que, no âmbito do combate à corrupção, foi possível recuperar 5,6 mil milhões de dólares, entre 2019 e Setembro de 2022, enquanto a apreensão de bens e valores chega aos 15 mil milhões de dólares, dos quais 6, 8 mil milhões em Angola e o restante no exterior.
Ao proferir o seu habitual discurso sobre o “estado da Nação”, na sessão solene de abertura da 1ª Sessão Legislativa da quinta legislatura, o Presidente angolano referiu que no período de 2012 a 2017 – último mandato de José Eduardo dos Santos na presidência angolana – tinham sido instaurados 18 processos de inquérito por corrupção e branqueamento de captais, enquanto entre 2017 e Setembro de 2022, correspondendo ao seu primeiro mandato, este número atingiu os 527 processos, dos quais 247 concluídos, e que terão dado lugar à abertura de 106 processos-crimes.
Segundo o chefe do governo angolano, no mesmo período [de 2017 a Setembro de 2022] foram também abertos 2.511 processos por peculato, branqueamento de capitais, corrupção e participação económica em negócios, envolvendo titulares de cargos públicos, sendo que 2.027 destes estão em instrução preparatória, 474 foram remetidos aos tribunais para julgamento, havendo o registo de 40 condenações
Foram ainda, segundo João Lourenço, entregues, no período de 2012 a 2017, 188 declarações de titulares de cargos públicos na Procuradoria-geral da República, sendo que entre 2017 a Setembro do ano em curso o número ascendeu a 3.635.
