Consórcio Mota-Engil, Trafigura Group e Vecturis assumem a gestão do Corredor do Lobito

O consórcio composto pela Mota-Engil, Trafigura Group e Vecturis ganhou a concessão do Corredor do Lobito para os próximos 30 anos. De acordo com o Ministério dos Transportes, com base no contrato, cujo prémio de assinatura ascende a 100 milhões de dólares, as três empresas assumem a operação, a exploração e a manutenção do transporte…
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A concessão de 30 anos prevê a operação, a exploração e a manutenção do transporte ferroviário de mercadorias entre o Lobito e o Luau. O Estado vai arrecadar mais de dois mil milhões de dólares.
Economia

O consórcio composto pela Mota-Engil, Trafigura Group e Vecturis ganhou a concessão do Corredor do Lobito para os próximos 30 anos. De acordo com o Ministério dos Transportes, com base no contrato, cujo prémio de assinatura ascende a 100 milhões de dólares, as três empresas assumem a operação, a exploração e a manutenção do transporte ferroviário de mercadorias entre o Lobito e o Luau.

No mesmo comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o Ministério tutelado por Ricardo Viegas D’Abreu explica que, tendo como referência as rendas negociadas, o Estado angolano vai arrecadar com esta concessão mais de dois mil milhões de dólares que se dividem por 319 milhões de dólares nos primeiros dez anos, 787,5 milhões de dólares entre o 11.º e o 20.º, e 919,1 milhões de dólares nos últimos 10 anos.

No que se refere à carga a transportar, o Governo antecipa que atinja as 1.678 toneladas no quinto ano de concessão, 2.982 toneladas no décimo ano, 4.979 toneladas no vigésimo ano, e 4.979 toneladas no trigésimo e último ano da concessão.

O acordo de concessão estabelece ainda que o concessionário vai investir 256 milhões de dólares em infraestruturas, mais de 73 milhões de dólares em equipamentos e material circulante, e um valor adicional de 4,3 milhões de dólares em actividades diversas.

A concessão tem a duração de 30 anos, mas o Executivo admite que poderá ser extensível a 50 anos caso o concessionário opte por construir o ramal ferroviário Luacano (Moxico) – Jimbe (Zâmbia).

Citado no comunicado, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, realça que a exploração do Corredor do Lobito vai permitir que o transporte ferroviário “venha a aportar um conjunto de benefícios positivos, contribuindo para o desenvolvimento local e regional, em torno da linha férrea, e podendo representar uma contribuição para o Produto Interno Bruto estimada entre 1,6 e 3,4 mil milhões de dólares”.

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