Consumo anual do gasóleo em Angola reduziu quase 60% em oito anos – Governo

Angola registou um decréscimo de consumo anual do gasóleo nas centrais eléctricas de 1,36 mil milhões de litros, em 2015, para 568 milhões de litros consumidos no ano de 2022, uma redução de quase 60% em oito anos. A informação foi avançada pelo engenheiro sénior do Ministério da Energia e Águas, João Pataca Fernandes, durante…
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Angola registou um decréscimo de consumo anual do gasóleo nas centrais eléctricas de 1,36 mil milhões de litros, em 2015, para 568 milhões de litros consumidos no ano de 2022, segundo o Governo.
Economia

Angola registou um decréscimo de consumo anual do gasóleo nas centrais eléctricas de 1,36 mil milhões de litros, em 2015, para 568 milhões de litros consumidos no ano de 2022, uma redução de quase 60% em oito anos.

A informação foi avançada pelo engenheiro sénior do Ministério da Energia e Águas, João Pataca Fernandes, durante a conferência “Energias Renováveis em Angola: Enquadramentos e Desafios”.

“As energias renováveis representam um importante pilar para o desenvolvimento da estratégia do sector eléctrico, pois contribuem para sustentabilidade e robustez do sector na medida em que, quando bem dimensionadas colmatam a dependências de factores como, consumo de combustível, pouca afluência no caudal dos rios, pouca irradiação solar, intermitência dos ventos, entre outros”, disse.

João Pataca Fernandes indicou que, em 2015, a capacidade de geração eléctrica rondava os 2.356,4 megawatts (MW), dos quais 39% hidroelécctricas e 61% geradores térmicos à diesel/gasóleo.

Entretanto, precisou, “volvidos oito anos, a capacidade de geração aumentou 2,5 vezes mais e hoje a capacidade de geração é de 6,320.43 MW, tendo os 39% geração hídrica catapultado para cerca de 60%, a geração térmica declinado de 61%, em 2015, para cerca de 36%, em 2023, e foram introduzidos cerca de 4% de geração solar fotovoltaica, com a entrada em operação, na província de Benguela, das centrais do Biópio e Baia Farta, com 188,8 MW e 96,7 MW, respectivamente, correspondendo a um total de 285,5 megawatts de capacidade instalada”.

O engenheiro avançou ainda que o Governo deverá desenvolver um projecto de electrificação no sul de Angola, compreendendo as províncias do Cuando Cubango, Namibe, Cunene e Huíla, que beneficiará, beneficiando 72 localidades e mais de cinco milhões de habitantes.

“As soluções de electrificação para tais projectos incluem não apenas as extensões de rede, mas principalmente sistemas solares com acumuladores, com a respectiva redes de distribuição, bem como sistemas solares individuais, o que encurtar, sem dúvida, o tempo de construção das infra-estruturas”, sublinhou.

De acordo ainda com João Pataca Fernandes, a estratégia aponta para uma diversificação do mix energético, de forma a incorporar pelo menos 72% de energias renováveis, com a conclusão dos projectos em curso e previstos até 2027, prevendo-se uma capacidade instalada de 9 644,09 MW, dos quais 1 162,26 MW de fonte solar,

“Uma aposta na transição para uma energia limpa e acessível a todos e estamos certos de que atingiremos tais metas”, conclui com convicção.

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