Consumo global de petróleo cai 9% em 2020

O consumo de petróleo e de outros combustíveis líquidos terá caído 9% em 2020, como consequência das restrições e bloqueios causados pelo novo coronavírus, fixando-se nos 92,2 milhões de barris por dia (mbpd), de acordo com dados divulgados pela Administração de Informação de Energia, EIA, na sigla em inglês. A EIA que garante que esta…
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De acordo com a EIA, que garante que esta foi a maior queda registada desde que começou a compilar os dados em 1980, o mundo retornará a um consumo normal este ano.
Economia

O consumo de petróleo e de outros combustíveis líquidos terá caído 9% em 2020, como consequência das restrições e bloqueios causados pelo novo coronavírus, fixando-se nos 92,2 milhões de barris por dia (mbpd), de acordo com dados divulgados pela Administração de Informação de Energia, EIA, na sigla em inglês.

A EIA que garante que esta foi a maior queda registada desde que começou a compilar os dados em 1980, pre­vê, no entanto, que o mundo re­tor­nará a um con­sumo normal este ano, sendo que uma re­cu­pe­ração con­tínua nas eco­no­mias de­verá con­tri­buir para o au­mento do con­sumo de pe­tróleo em 2021 à me­dida que o ano avance.

No seu reporte sobre energia no curto prazo de Ja­neiro, a EIA an­tevê que o con­sumo global de com­bus­tí­veis lí­quidos cresça 5,6 mbpd este ano, 6% em re­lação a 2020, ampliando o con­sumo em 3,3 mbpd em 2022.

Segundo o documento, no ano em curso, o con­sumo de pe­tróleo au­men­tará impulsionado pelo cres­ci­mento económico e por um re­torno aos pa­drões de vi­a­gens mais nor­mais em me­ados de 2021, o que também terá um pe­queno efeito no cres­ci­mento do con­sumo de pe­tróleo em 2022.

Apesar da ex­pansão es­pe­rada no con­sumo global de pe­tróleo em 2021, a EIA ainda prevê uma média abaixo dos ní­veis pré-pan­démicos, correspondente 97,8 mbpd, o que seria 3% menor que o nível de 2019.

Igualmente, diz a publicação, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também prevê um au­mento na procura por pe­tróleo, depois da queda verificada em 2020. Ainda de acordo com a OPEP, diz a EIA, a procura por pe­tróleo não está pro­je­ctada para se re­cu­perar to­tal­mente da crise de 2020, uma vez que as suas es­ti­ma­tivas para a para 2020 re­du­ziram em 9,8 mbpd para uma média anual de 90 mbpd.

A IEA di­mi­nuiu a sua es­ti­ma­tiva de cres­ci­mento da procura de pe­tróleo para este ano, es­perando-se que a mesma atinja uma média de 96,6 mbpd em 2021, de­pois de atingir uma queda his­tó­rica de 8,8 mbpd em 2020, como consequência da pan­demia da Covid-19.

 

 

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