O conteúdo local do sector petrolífero angolano, que visa fomentar e dinamizar a cadeia de fornecimento de bens e serviços, carece de um “forte financiamento”, apesar estar organizado, considerou esta Quarta-feira, em Luanda, 21, o presidente do conselho de administração da Petro Fund, Estanislau Baptista.
Durante a 1.ª edição do Fórum de Petróleo e Gás em África, evento de que marca o início de uma nova era de cooperação energética entre Angola e o continente africano, o responsável que as empresas angolanas que prestam serviços ao sector petrolífero, mobilizam, anualmente, mais 5 biliões de dólares.
“O futuro do petróleo passa pela inovação e sustentabilidade. Angola assume um papel preponderante neste sector e busca sempre as boas parcerias público-privadas”, sublinhou.
Já a directora-executiva da Petro Fund, Beatriz Silva, defendeu que a maior solução para o conteúdo local é o empoderamento e a aposta na formação do capital o humano.
“Nós temos que formar as pessoas. O conteúdo local tem que estar preparado para este desafio gigante. Sem essa aposta, as empresas vão acabar por ficar com deficiência de quadro. É o que estamos a observar agora”, precisou.
Beatriz Silva afirmou que as empresas que dão apoio à indústria petrolífera são maioritariamente estrangeiras, por falta de capital humano competente, para dar suporte.
“Nós queremos gerar riqueza ética, obedecendo os princípios da responsabilidade social ambiental, porque o verdadeiro desenvolvimento é aquele que leva todos e faz-nos agir com sustentabilidade com consciência de que cada decisão energética que estamos a tomar hoje deixaremos amanhã”, concluiu.