A Lobito Atlantic Railway (LAR) assegurou, esta Quarta-feira, em Washington, um financiamento de 753 milhões de dólares junto da US International Development Finance Corporation (DFC) e do Development Bank of Southern Africa (DBSA), destinado à reabilitação e modernização da linha ferroviária de cerca de 1.300 quilómetros em Angola, que liga o Terminal Mineiro do Porto do Lobito a Luau, na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com uma nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, os recursos agora mobilizados permitirão uma intervenção profunda na infra-estrutura ferroviária, abrangendo a via-férrea, oficinas, sistemas de sinalização e material circulante. O objectivo é reforçar a capacidade operacional, a eficiência logística e a fiabilidade do Corredor do Lobito, consolidando-o como a rota de importação e exportação mais curta e mais directa entre a região mineira do Copperbelt, na RDC, e os mercados internacionais, através do Oceano Atlântico.
Para Nicholas Fournier, director executivo da LAR, o financiamento concedido pela DFC e pelo DBSA representa um marco estratégico na ambição de posicionar o Corredor do Lobito como a principal plataforma logística e comercial do continente africano. “Os recursos agora assegurados vão permitir aumentar significativamente a capacidade, melhorar a eficiência operacional e reforçar a conectividade económica em Angola e em toda a região”, sublinhou o responsável.
Actualmente, a linha férrea do Corredor do Lobito serve um portefólio diversificado de empresas mineiras, operadores logísticos, comerciantes regionais e agentes económicos, garantindo o escoamento para os mercados globais de metais e minerais críticos extraídos na RDC, através do porto de águas profundas do Lobito.
Para além do seu papel como eixo estruturante da exportação de minerais estratégicos, a Lobito Atlantic Railway afirma-se igualmente como uma porta de entrada relevante de importações, reforçando o Corredor do Lobito enquanto catalisador do crescimento económico nacional e regional, num contexto em que a África Subsaariana procura consolidar cadeias logísticas mais eficientes, integradas e competitivas à escala global.





