A cotação em bolsa não vai resolver o “problema de Angola”, considera o economista e membro do júri do Global Management Challenge (GMC), maior competição de estratégia e gestão do mundo, Carlos Rosado de Carvalho.
“A nível internacional a principal fonte de financiamento das empresas é a banca”, apontou o economista, durante o lançamento da 17ª edição do GMC, sublinhado que a bolsa é mais uma alternativa.
Durante o encontro realizado esta Quarta-feira, em Luanda, acrescentou Angola ainda não tem propriamente um mercado de capitais, uma bolsa.
“Nós temos duas empresas cotadas, que são dois bancos que têm uma determinada cotação e determinado valor de mercado. Eu confesso que esse valor de mercado que é atribuído tenho muitas dúvidas sobre ele, porque não há liquidez e transações suficientes na bolsa, o preço das acções oscila muito”, justificou.
O principal problema que Angola tem em relação à bolsa, segundo entende, é a transparência, sendo que as empresas e os investidores não gostam de prestar contas.
As inscrições do Global Management Challenge arrancaram no dia 05 de Fevereiro do ano em curso, visando desenvolver competências de gestão e liderança fomentar o espirito competitivo e a capacidade estratégica, promover a interação entre estudantes, universidades e empresas, bem como reconhecer talentos emergentes na gestão.
A participação requer uma equipa de cinco elementos que vão competir em grupos com máximo de oito equipas.
Cada grupo constitui um mercado, no qual as equipas irão competir entre si, sendo vencedora a equipa que apresentar melhores resultados no desempenho/cotação das acções da sua empresa em bolsa.