O investimento médio em ciência na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é inferior a 1% do PIB, com apenas Portugal e Brasil a ultrapassar essa média, revelou João Ima Panzo, director da Ação Cultural e Língua Portuguesa da CPLP. Durante uma apresentação sobre a criação de um fundo de cooperação científica, Panzo destacou que a maioria dos países da CPLP enfrenta desafios como limitações orçamentais e falta de infraestruturas adequadas, enquanto a média global se situa em 1,7% do PIB.
O director frisou que a disparidade no investimento científico entre os países da CPLP, que varia entre 1,7% e 0,2% do PIB, exige uma reflexão profunda. Sublinhou ainda a importância da cooperação interinstitucional para melhorar os recursos existentes e promover o desenvolvimento económico sustentável.
No evento, que decorreu em Lisboa, foi assinada uma declaração de compromisso para a criação de uma rede de agências de financiamento da ciência na CPLP, um passo essencial para fortalecer o diálogo e a cooperação entre os Estados-membros.
O encontro contou com cinco mesas-redondas, onde foram debatidas as melhores práticas de financiamento científico, estratégias de inovação, capacitação de recursos humanos e cooperação internacional.
