O Banco de Comércio e Indústria (BCI) registou, nos últimos dois anos, uma redução de cerca de 35% do crédito malparado, contra uma taxa de incumprimento de 47% verificado em 2021, quando a instituição foi privatizada.
A informação foi avançada nesta Segunda-feira, em Luanda, pelo administrador executivo do BCI, Jardel Duarte, que falava no final da apresentação da nova marca do banco, alinhada com as exigências dos novos canais digitais, o que vai trazer melhorias na qualidade dos produtos e eficiência dos serviços, visando proporcionar uma experiência ágil e conveniente para os clientes.
O responsável fez saber que, actualmente, a instituição bancária regista uma taxa de incumprimento de 13 por cento, prevendo baixar para menos de 10%, em 2024.
Já o presidente da Ccomissão executiva do BCI, Renato Borges, lembrou que, em 2023, o banco teve um resultado líquido de 33 mil milhões kwanzas, um valor que em 2021 era negativo.
“Em três anos, desde que foi privatizado o banco, o valor dos fundos próprios atingiu 62 mil milhões de kwanzas, contra 19 mil milhões registados em 2021”, precisou.
Esses resultados, segundo concluiu, são satisfatórios para o banco, com destaque para o melhoramento na concessão e qualidade do crédito, cuja recuperação continua a ser o eixo que a empresa actua com maior eficácia.
Referiu ainda que, desde 2021, a empresa registou a entrada de 330 novos colaboradores, que constituem actual força de trabalho do banco.
Renato Borges disse que, há três anos, o BCI tinha perto de 680 mil clientes, com expectativa de alcançar um milhão de clientes neste ano.
Presente nas 18 províncias do país, o BCI foi privatizado, oficialmente, a 17 de Dezembro de 2021, pelo grupo empresarial Carrinho, que venceu o primeiro leilão em bolsa realizado em Angola, ao desembolsar 16,5 mil milhões de kwanzas, numa sessão que contou apenas com dois concorrentes.