O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, é o vencedor das eleições presidenciais em Moçambique com cerca de 4,9 milhões de votos, equivalentes a 70,67%.
Os resultados das eleições gerais foram divulgados esta tarde, na cidade de Maputo, capital do país, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), num evento que contou com a participação dos partidos políticos, observadores nacionais e estrangeiros, entre outras entidades.
Venâncio Mondlane foi o segundo candidato presidencial mais votado com cerca de 1,4 milhões de votos, equivalentes a 20,32%. Na terceira posição está Ossufo Momade, com 403,5 mil votos (5,81%) e na quarta e última posição, em termos de eleições presidenciais, ficou Lutero Simango, com cerca de 223 mil votos, equivalentes a 3,21%.
Com os resultados, Ossufo Momade deixa de ser o líder da oposição, passando assim a ser Venâncio Mondlane, que não concorda com os resultados e realiza manifestações populares desde a última Segunda-feira, 21, depois de ter recebido os dados de nível distrital e provincial.
Os números, hoje anunciados pela CNE, ainda serão enviados para o Conselho Constitucional para a sua análise e posterior promulgação. Para evitar agitação após a divulgação de resultados eleitorais, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe, começou por explicar que os resultados podem vir a mudar depois de serem analisados os contenciosos eleitorais pelo Conselho Constitucional.
De acordo com a CNE, 87% dos resultados distritais das últimas eleições gerais, realizadas a 9 de Outubro, foram aprovados por consenso.
Segundo os órgãos eleitorais, os três partidos da oposição apresentaram contenciosos eleitorais, quase todos eles considerados improcedentes. Mas, os partidos políticos têm a possibilidade de recorrer junto de instâncias superiores a Comissão Nacional de Eleições.
Durante o processo de votação, a Frelimo foi o partido com maior número de delegados de candidaturas nas assembleias de voto, com mais de 54 mil, seguido do PODEMOS com cerca de 30,8 mil, e da Renamo com 30,6 mil.
Para fiscalizar o processo, estiveram no terreno pouco mais de 25 mil observadores nacionais, um total de 564 observadores estrangeiros, cerca de 2 399 jornalistas nacionais e 46 estrangeiros.
Dos cerca de 17,2 milhões potenciais eleitores chamados para votar, apenas 7,5 milhões fizeram-se às urnas, equivalentes a 43,48%, sendo que 7,8 milhões de cidadãos se abstiveram
(Em actualização)
*Rodrigo Oliveira
