O grupo DHL vai instalar uma plataforma logística integrada na Zona Económica Especial (ZEE) de Angola, iniciativa que promete acelerar os processos de importação e exportação para as empresas ali instaladas.
O acordo, assinado nesta Quarta-feira, em Luanda, representa um passo estratégico para tornar a ZEE um polo mais competitivo, eficiente e atractivo para investidores nacionais e internacionais.
Firmado no primeiro dia da Reunião Anual das Zonas Económicas Especiais Africanas 2025, que decorre em simultâneo com a Cimeira Africana de Investimento Sustentável (ASIS), o memorando estabelece uma vigência inicial de três anos e abre caminho para um Acordo Definitivo. Nesse cenário, o DHL Grupo poderá ser reconhecido como parceiro exclusivo da ZEE E.P. na gestão logística, aduaneira e operacional da nova plataforma.
Para o director-geral da DHL Express Angola, Juvenal Coque, a parceria responde a lacunas sentidas pelos operadores e poderá reduzir significativamente os tempos e custos de movimentação de mercadorias. “Agora vamos começar com a fase de diagnóstico, porque queremos ajudar as empresas a importar e exportar mais rápido, mas o foco está mais na exportação. Queremos criar uma base para a ZEE ter mais eficiência e rentabilidade”, afirmou.
O responsável acrescentou que a ambição é apoiar o crescimento da ZEE, trazendo soluções inovadoras que cubram todo o ciclo logístico — dos serviços aduaneiros ao controlo de carga — e reforcem a competitividade das indústrias instaladas.
Já o presidente do Conselho de Administração da ZEE, Manuel Pedro, destacou o papel da DHL como parceira no esforço de diversificação económica do país. Sublinhou que o aumento da procura por parte de investidores africanos e internacionais obriga a ZEE a consolidar infra-estruturas e melhorar a capacidade de acolhimento de novas indústrias.
“Hoje temos muitas empresas que exportam a partir da ZEE. O grande desafio actualmente é acompanhar o aumento das infra-estruturas com o crescimento das indústrias e dos investidores que nos procuram, para que possamos entregar terrenos em condições”, frisou.
O gestor reforçou ainda que o interesse crescente em África resulta de factores estruturantes, como a demografia jovem, a expansão da classe consumidora, a abundância de recursos e o avanço da integração regional alavancada pela Área de Livre Comércio Continental Africana, onde o Corredor do Lobito assume particular relevância.





