Moçambique pagou em três meses mais de 36 milhões de euros à China pelo serviço da dívida, que lidera entre os credores bilaterais do país, segundo dados do Ministério das Finanças.
De acordo com um relatório sobre a gestão da dívida, o serviço da dívida à China foi a que mais pesou nas contas moçambicanas em três meses, de Janeiro a março, com 35,51 milhões de dólares em amortizações e 6,77 milhões de dólares em juros.
Segundo dados do relatório, a dívida de Moçambique à China ascendia por seu turno, no final de Junho, a 1.347 milhões de dólares, o maior credor bilateral e apenas ultrapassada, nos credores multilaterais, pelo IDA (Associação Internacional de Desenvolvimento), do Grupo Banco Mundial, com 2.980 milhões de dólares.
Entretanto, o Governo chinês perdoou os juros dos empréstimos concedidos a Moçambique até 2024 e anunciou a doação de 12 milhões de euros ao país africano, disse em 14 de outubro a primeira-ministra moçambicana, Benvida Levi.
“Tivemos duas notícias positivas vindas do Presidente [chinês], Xi Jinping, uma das notícias foi a doação ao nosso país de 100 milhões de yuan — a moeda chinesa — [equivalente a 12 milhões de euros] e o perdão dos juros dos empréstimos concedidos a Moçambique até o ano de 2024”, disse Levi, que falava aos jornalistas após uma visita de dois dias à China.
A dívida à China, diz a Lusa, representava, no final do primeiro semestre, 15% do total do endividamento externo de Moçambique, que ascendia então a 9.825 milhões de dólares.





