A questão da dívida pública e o seu impacto na capacidade de os países africanos financiarem os investimentos para fomentar o desenvolvimento económico tem sido um dos eixos das últimas intervenções do secretário executivo da UNECA, Claver Gatete.
A dívida soberana dos países africanos ultrapassou 1,1 biliões de dólares, segundo a Comissão Económica das Nações Unidas para África, e o serviço da dívida custa anualmente 163 mil milhões de dólares.
“A dívida soberana em África está acima de 1 bilião de dólares, causando uma severa crise orçamental, com mais de um em cada três países ou em sobre-endividamento ou em elevado risco de estar em sobre-endividamento”, disse o porta-voz da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), citado pela Lusa.
A questão da dívida pública e o seu impacto na capacidade de os países africanos financiarem os investimentos para fomentar o desenvolvimento económico tem sido um dos eixos das últimas intervenções do secretário executivo da UNECA, Claver Gatete, que tem salientado a importância de reformar a arquitectura financeira mundial para privilegiar os empréstimos concessionais, ou seja, com taxas de juros menores e maturidades maiores que os empréstimos comerciais.
“A reforma do sistema financeiro global é urgente, já que pode mitigar as dificuldades de acesso a recursos financeiros críticos que são necessários para implementar as medidas para alcançar os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, disse Claver Gatete numa recente intervenção no Fórum Político de Alto Nível, em Adis Abeba.