O grupo financeiro pan-africano Ecobank vendeu a sua participação no Ecobank Moçambique ao banco comercial FDH Bank, do Malaui, cotado na bolsa de valores daquele país, anunciou a instituição.
“Esta transação representa uma alteração estratégica na estrutura accionista e na gestão operacional, não se prevendo qualquer perturbação nas operações bancárias, activos ou colaboradores”, refere, em comunicado, o Ecobank, considerado principal grupo privado de serviços financeiros no continente.
Sem adiantar detalhes do investimento envolvido, o grupo – presente em 35 países da África subsariana – acrescenta que a transação “obteve todas as aprovações regulatórias necessárias, está sujeita ao cumprimento das condições habituais e deverá estar concluída no decurso do exercício financeiro de 2025”, após a qual o FDH Bank assumirá o controlo efectivo do Ecobank Moçambique.
O Ecobank opera com quatro agências nas principais cidades de Moçambique, desde o ano 2000, tendo sido inicialmente constituído como Novo Banco, adoptando a designação actual em 2014, na sequência da aquisição então feita pelo grupo pan-africano.
“O FDH Bank Plc está cotado na Bolsa de Valores do Malaui. O banco oferece serviços digitais de excelência, banca pessoal e empresarial, banca corporativa e institucional, tesouraria e banca de investimento, mercados globais e financiamento de comércio, bem como consultoria financeira especializada. A aquisição será totalmente financiada através de lucros acumulados do próprio FDH Bank Plc”, explica o grupo Ecobank, segundo a Lusa.
Citado no comunicado, o director-executivo do grupo Ecobank, Jeremy Awor, justificou a saída do banco em Moçambique como sendo uma “decisão estratégica”, que diz estar alinhada com a estratégia de crescimento, transformação e retorno.
“Enquanto instituição financeira pan-africana, avaliamos continuamente as nossas operações para impulsionar um crescimento sustentável, mantendo sempre a nossa missão de promover a integração financeira e o crescimento económico em África”, acrescentou, garantindo que a venda da participação em Moçambique foi “cuidadosamente ponderada”.