Depois de uma recessão de 14,8% em 2020, e um aumento de 7% em 2021, a economia cabo-verdiana cresceu cerca de 17% entre os meses de Janeiro a Março deste ano, de acordo com dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) daquele país, divulgados recentemente.
O relatório das contas nacionais trimestrais do INE, a que a LUSA teve acesso, revela ainda o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período do ano para 16,8%, 1% há mais, se comparado ao primeiro trimestre de 2021, altura em que foi registado uma ascensão de 15,2%, e com um aumento de 11,9% nos últimos três meses do ano passado.
O órgão estatístico justifica este acréscimo com o “aumento do consumo privado”, bem como com a recuperação na procura turística no arquipélago, que já fazia parte das fontes de rendimento que poderiam impulsionar o crescimento económico daquele país.
“De Janeiro a Março de 2022 o consumo final teve uma variação homóloga positiva de 20,5% e o consumo privado aumentou 27,5%. Por outro lado, o consumo público apresentou uma taxa de variação homóloga positiva de 2,7%, em volume, e o investimento registou uma variação homóloga negativa de 24,6%”, descreve o relatório do Instituto Nacional de Estatística, destacando que, a economia cabo-verdiana já havia crescido 30,6% no segundo trimestre de 2021 e 10,1% no seguinte.
Após uma recessão histórica de 14,8% em 2020, por causa dos efeitos provocados pela pandemia da Covid-19, dados anteriores do INE apontavam que, em termos globais, a economia do arquipélago havia crescido 7,2% em 2021, tendo o primeiro-ministro de Cabo-Verde, Ulisses Correia e Silva, revelado no princípio deste ano que “o cenário que foi traçado visava atingir em 2021 [um crescimento económico] de 7,2%”.
Entretanto, por causa da guerra na Ucrânia, a previsão do crescimento da economia para 2022, foi revista em baixa pelo INE, para 4%.
Jaime Pedro
