Empresa brasileira de retalho deve mais de 7 mil milhões de euros a credores

A gigante do retalho brasileiro Americanas, que pediu recuperação judicial na semana passada, declarou esta semana que deve cerca de 7,4 mil milhões de euros a quase 8 mil credores nacionais e estrangeiros. A lista de credores inclui grandes fornecedores multinacionais, como a Samsung (215 milhões de euros) ou a Nestlé (45,8 milhões de euros).…
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Entre os cerca de 8 mil credores nacionais e estrangeiros da Americanas - "gigante" do retalho no Brasil - estão grandes fornecedores multinacionais, como a Samsung e a Nestlé.
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A gigante do retalho brasileiro Americanas, que pediu recuperação judicial na semana passada, declarou esta semana que deve cerca de 7,4 mil milhões de euros a quase 8 mil credores nacionais e estrangeiros.

A lista de credores inclui grandes fornecedores multinacionais, como a Samsung (215 milhões de euros) ou a Nestlé (45,8 milhões de euros). No entanto, as maiores dívidas da empresa são com bancos, incluindo o espanhol Santander (653 milhões de euros), o Bradesco (807 milhões de euros) e o alemão Deutsche Bank (918 milhões de euros).

A gigante do retalho brasileiro acumula ainda dívidas com bancos públicos e outras entidades estatais, bem como com dezenas de autarcas, de acordo com a lista de credores enviada às entidades reguladoras no âmbito do processo aberto para evitar a falência da empresa, segundo a Lusa.

A Americanas, dona da rede “Lojas Americanas”, uma das maiores do Brasil, anunciou no dia 11 de Janeiro que identificou malparado de cerca de 3,5 mil milhões de euros, que levaram à renúncia do conselho de administração da empresa.

Na última Quinta-feira, 19 de Janeiro, a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que o acolheu de imediato.

A recuperação judicial, garantida pela lei de falências, é um mecanismo para evitar a falência e estipula o prazo de 180 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período, para quitar dívidas com credores, mas permite a actuação de empresas durante o processo.

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