Empresários moçambicanos pedem menos carga tributária para fomentar investimento

Os empresários moçambicanos pediram nesta Quinta-feira a redução da carga tributária como forma de fomentar o investimento privado e o fim de alguns benefícios fiscais, numa reunião com o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país. “O FMI acha que o nível de receitas que nós conseguimos colectar, em termos percentuais, relativamente ao de…
ebenhack/AP
A CTA, por sua vez, defende que a redução da carga tributária e criação de facilidades para retoma de investimentos poderia permitir o alargamento da base tributária e ainda a redução da economia informal. 
Economia

Os empresários moçambicanos pediram nesta Quinta-feira a redução da carga tributária como forma de fomentar o investimento privado e o fim de alguns benefícios fiscais, numa reunião com o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país.

“O FMI acha que o nível de receitas que nós conseguimos colectar, em termos percentuais, relativamente ao de outros países, está bem posicionado, no entanto, a nossa despesa também é bem alta. Então, a proposta deles é que se busque soluções ao nível da despesa, tentando identificar aquelas despesas que podem ser eliminadas”, disse o director-adjunto da Confederação de Associações Económicas de Moçambique (CTA), Eduardo Macuácua, após reunião com o representante da instituição financeira em Maputo, Olamide Harrison.

A CTA, por sua vez, defende que a redução da carga tributária e criação de facilidades para retoma de investimentos poderia permitir o alargamento da base tributária e ainda a redução da economia informal.

“O que estamos a dizer é que o Governo também tem que fazer reformas que permitam com que mais empresas tenham facilidades de começar e iniciar os seus projectos para que, consequentemente, essas empresas comecem a contribuir”, disse Eduardo Macuácua.

Moçambique está actualmente com níveis altos de endividamento, numa altura em que as receitas que o país coleta equivalem a 27% do PIB, enquanto o nível de despesas é de cerca de 34%, por isso o FMI, que final do encontro não prestou declarações, tem defendido a redução das despesas correntes.

No mês passado, diz a Lusa, o Governo moçambicano assumiu como prioridades o “controlo da folha salarial” e “a estabilização dos encargos da dívida” do Estado, ao mesmo tempo que estimou um défice fiscal acima dos 6% do PIB para 2026.

Mais Artigos