Empresas públicas de Cabo Verde registam crescimento

O Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial de Cabo Verde divulgou, através da Unidade de Acompanhamento Empresarial do Estado (UASE), o Relatório Trimestral de Desempenho do Setor Público Empresarial (SPE) referente ao segundo trimestre de 2024. Segundo o relatório, o volume de negócios das empresas do SPE registou um aumento de 2,3%, atingindo os 9,9…
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O desempenho do Setor Público Empresarial de Cabo Verde manteve-se positivo no segundo trimestre de 2024, com um crescimento de 2,3% no volume de negócios e um aumento significativo do capital próprio.
Economia

O Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial de Cabo Verde divulgou, através da Unidade de Acompanhamento Empresarial do Estado (UASE), o Relatório Trimestral de Desempenho do Setor Público Empresarial (SPE) referente ao segundo trimestre de 2024.

Segundo o relatório, o volume de negócios das empresas do SPE registou um aumento de 2,3%, atingindo os 9,9 mil milhões de escudos cabo-verdianos (CVE), aproximadamente 89,8 milhões de euros. Este crescimento acompanha a evolução positiva da economia nacional, que registou um aumento real de 8,5% no segundo trimestre de 2024.

Os principais impulsionadores desta variação positiva foram os TACV, a Cabo Verde Telecom (CVT), a ENAPOR, a NOSi e a EMPROFAC, que juntas representaram 90,4% do crescimento no período analisado.

No que toca ao balanço patrimonial, o ativo total do SPE registou uma variação positiva, alcançando 119,9 mil milhões de CVE (cerca de 1,09 mil milhões de euros), enquanto o capital próprio aumentou 82,7% face ao período homólogo, situando-se agora nos 22,3 mil milhões de CVE (cerca de 203 milhões de euros). O passivo contingente (stock do aval) atingiu 21,4 mil milhões de CVE (cerca de 195 milhões de euros), representando 7,6% do PIB, um aumento de 0,5 pontos percentuais face ao ano anterior.

A avaliação do risco do setor foi realizada com recurso à ferramenta SOE Health Check Tool, do Fundo Monetário Internacional (FMI), e indica que 33,3% das empresas analisadas mantêm um perfil de risco moderado.

Das seis maiores empresas do SPE, três foram classificadas como moderate risk (ASA, IFH e EMPROFAC), enquanto ENAPOR e TACV, apesar da tendência favorável, continuam em high risk. A ELECTRA permanece na categoria de very high risk, destacando-se como a empresa com maior exposição ao risco.

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