A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA) injectou, em 2024, um cerca de 40 milhões de dólares às sociedades mineiras de Luminas e do Lunhinga, para não decretarem falência, admitiu esta Segunda-feira, 17, em Luanda, o presidente do conselho de administração da instituição, José Ganga Júnior, respondendo a uma pergunta da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
O responsável falava no final da assinatura de três contratos rubricados com a Taaden, empresa mineradora estatal saudita, no âmbito do processo de saída da Alrosa das sociedades mineiras de Catoca e do Luele.
Por outro lado, José Ganga Júnior disse que há dois anos a ENDIAMA se encontra numa situação crítica no que diz respeito à produção de diamantes e, sobretudo, aos preços.
“Nós passamos o 31 de Dezembro com cerca de 4 milhões de quilates no nosso stock, porque não tinha mesmo comprador. Naturalmente, perante esse tipo de situações, as empresas têm que se ajustar, no sentido de garantir a rentabilidade delas”, esclareceu.
José Ganga Júnior sublinhou que, felizmente, a ENDIAMA e o sector dos diamantes têm feito um esforço grande, apoiar as empresas que têm maior grau de dificuldades.
“Felizmente, quer o Luele, quer a Catoca não têm esse tipo de problemas de dificuldades, mas nós, recorrentemente, temos estado a apoiar empresas com maior dificuldades, para garantir as panelas em suas casas. Então, essa é uma preocupação que temos, é uma orientação que temos do governo para evitarmos desemprego”, acrescentou.