A Eni, empresa italiana de energia, com a sua subsidiária Eni Natural Energies sucursal em Angola, em parceria com os Selesianos Dom Bosco Angola, está a desenvolver um projecto de distribuição mais de 500 mil fogareiros melhorados nas províncias de Luanda, Benguela, Cuanza Norte, Cuanza Sul e Huambo.
A distribuição será feita no quadro do seu programa de “eni for Clean Cooking” (cozinha sustentável), lançado nesta Quinta-feira, em Luanda, no âmbito da estratégia da empresa de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, com uma combinação de diferentes alavancas e tecnologias.
A meta da Eni é incluir soluções baseadas na natureza e na tecnologia para compensar as emissões residuais que não podem ser reduzidas através de tecnologias existentes, com créditos de carbono de alta qualidade.
Segundo o director-geral da Eni Natural Energies Angola, João Maria da Silva Júnior, o objectivo do programa é apoiar as famílias que vivem em áreas rurais e periurbanas do nosso país, facilitando o acesso a soluções de cozinha mais eficientes, fiáveis e sustentáveis em termos energéticos e proporcionando benefícios em termos de saúde, educação e conservação do meio ambiente.
“A nossa jornada para alcançar a meta da neutralidade carbónica é longa e desafiante e pretendemos realizá-la em conjunto com o Executivo angolano e os nossos parceiros Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e Sonangol, e estamos também empenhados a realizar novas parcerias de longo prazo com stakeholders, instituições nacionais internacionais”, disse.

O projecto, segundo o responsável, já envolveu 50 mil pessoas, com o foco de atingir mais de dois milhões de pessoas até 2030, trazendo benefícios relativos à redução de emissões associadas às actividades culinárias, prevenção de riscos para a saúde dos utilizadores de fogões e promoção da saúde para famílias e grupos vulneráveis.
Já o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, explicou que o programa o referido programa se enquadra no processo de transição energética e visa a redução das emissões de efeito estufa, prevendo que num período de aproximadamente 10 anos se faça a distribuição de 500 mil fogareiros com eficiência térmica melhorada, proporcionando uma redução de cerca de 4 milhões de toneladas de CO², equivalente de gases de efeito estufa, beneficiando cerca de 2 milhões de pessoas.
“A implementação de iniciativas como as da “Cozinha sustentável na diminuição da utilização da biomassa para a confecção de alimentos nas zonas rurais e peri-urbanas tem o potencial de contribuir para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável do país e representa uma oportunidade valiosa para os parceiros globais atingirem os seus objectivos de emissões líquidas nulas até 2050”, reforçou.