O Banco de Fomento Angola (BFA) foi oficialmente cotado em bolsa, depois da realização de uma Oferta Pública de Venda (OPV), que contemplou a alienação de 29,75% do seu capital social.
A cerimónia de admissão à negociação do BFA ao mercado de bolsa de acções aconteceu esta Terça-feira, em Luanda, no quadro do Programa de Privatizações do Governo de Angola (PROPRIV), constituindo um passo decisivo para a democratização do acesso ao mercado de capitais, promovendo maior transparência, eficiência e competitividade no sector financeiro.
Durante a sua intervenção, o presidente da comissão executiva do Banco de Fomento Angola, Luís Gonçalves, sublinhou que a entrada em bolsa do BFA representa muito mais do que uma operação financeira, pois materializa a confiança que os accionistas (Unitel e BPI) têm no futuro do banco e de Angola.
“Ao novos accionistas, é importante que tenham em mente que entrar no capital do banco não significa apenas partilhar resultados, mas também o nosso propósito e a nossa visão”, disse.
De cordo com Luís Gonçalves, a OPV do BFA vai contribuir em grande maneira para o desenvolvimento do mercado de capitais, permitindo que a bolsa seja um complemento à banca na captação de poupanças e na canalização de financiamento à economia nacional.
Por sua vez, a presidente da comissão executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), Cristina Lourenço, destacou que o resultado da oferta, com um impressionante rácio de cobertura de 506,37, atingindo um valor record de mais de 1 bilião de kwanzas, revela mais do que um entusiasmo.
“Revela convicção que o mercado reconhece valor, visão, capacidade de execução das nossas empresas e confiança no mercado bolsista angolano, inclusive de investidores não residentes cambiais que estrearam nesta OPV. E isso, para nós, é motivo de orgulho e responsabilidade”, disse.
O Banco de Fomento Angola, salientou, torna-se assim na quinta empresa cotada em bolsa.
“Não se trata de um dado estatístico, mas sim a representação do crescimento sustentável e progresso do nosso mercado. Cada nova empresa cotada é um passo em direcção a um mercado mais profundo, mais líquido e mais representativo da nossa económica real”, acrescentou.
Cristina Lourenço reafirmou o compromisso da instituição que dirige em tornar o mercado de valores mobiliários no mecanismo central de financiamento da economia nacional e disponibilizar um ambiente tecnológico e regulatório eficaz, transparente e competitivo para que as famílias e empresas possam investir as suas poupanças.