Escritores lusófonos homenageiam Camilo Castelo Branco na Venezuela em encontro virtual

A Venezuela iniciou o VI Encontro Virtual de Escritores Lusófonos, uma iniciativa que durante quatro dias homenageará Camilo Castelo Branco, reunindo escritores de Portugal, do Brasil, Moçambique e Cabo Verde. O Encontro, decorrerá diariamente até 30 de Dezembro pelas 18:00 horas locais (23:00 horas em Lisboa) e é organizado pela Coordenação do Ensino do Português…
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O Encontro é organizado pela Coordenação do Ensino do Português na Venezuela e pela Embaixada de Portugal, em parceria com o Camões I.P., o Festival Literário Internacional Flipoços e o semanário de expressão portuguesa Correio da Venezuela.
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A Venezuela iniciou o VI Encontro Virtual de Escritores Lusófonos, uma iniciativa que durante quatro dias homenageará Camilo Castelo Branco, reunindo escritores de Portugal, do Brasil, Moçambique e Cabo Verde.

O Encontro, decorrerá diariamente até 30 de Dezembro pelas 18:00 horas locais (23:00 horas em Lisboa) e é organizado pela Coordenação do Ensino do Português na Venezuela e pela Embaixada de Portugal, em parceria com o Camões I.P., o Festival Literário Internacional Flipoços e o semanário de expressão portuguesa Correio da Venezuela.

“Reafirma o compromisso cultural e educativo de Portugal com a Venezuela. Este ano, o evento presta homenagem a Camilo Castelo Branco (1825-1890), uma das figuras mais influentes do Romantismo português”, segundo um comunicado.

O documento sublinha que o legado de Camilo Castelo Branco, de 260 obras, “desde romances a crónicas sociais, constitui uma ponte entre a tradição épica portuguesa e a modernidade literária que caracteriza a lusofonia contemporânea”.

“A Lusofonia não é um território marcado nos mapas, mas um espaço vivo onde as nossas vozes se reconhecem e se enriquecem mutuamente. É uma ponte que une continentes e gerações e que, na Venezuela, encontra um lugar privilegiado para se renovar e se projectar no futuro” refere o embaixador de Portugal em Caracas, João Pedro Fins do Lago na nota.

Segundo o diplomata, a Lusofonia apresenta-se hoje não apenas como um conjunto de países unidos por uma língua, mas como um território vivo onde dialogam com as memórias, identidades e visões de futuro entre a Europa, a América Latina, a África e a Ásia.

“Esta riqueza cultural adquire um valor especial na Venezuela, país que acolhe uma das comunidades portuguesas mais numerosas do mundo. “O objectivo é que os estudantes venezuelanos compreendam que aprender português significa aceder a um universo literário diversificado, a oportunidades de mobilidade internacional e a um ecossistema económico em crescimento”, pode ler-se na nota.

O evento, de acordo com a Lusa, começou com uma palestra do professor e investigador especializado em estudos camilianos, e doutorado pela Universidade Católica Portuguesa, João Paulo Braga, que faz parte do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco.

“A sua intervenção colocará o autor no centro do debate, tanto na sua faceta de criador prolífico que definiu a transição do Romantismo para o Realismo, como na de figura que encarna os dilemas sociais, morais e identitários do século XIX português (…) Esta palestra reforça a linha de trabalho que liga a Venezuela aos grandes clássicos da literatura portuguesa”, explica.

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