O Banco de Comércio de Indústria (BCI) de Angola tem, desde esta manhã de Sexta-feira, 17, um novo dono. Trata-se do Grupo Carrinho Empreendimentos, que comprou a instituição num valor total de 16,5 mil milhões de dólares, equivalente a 28 milhões de dólares à taxa de câmbio do dia, soube a Forbes de várias fontes e do grupo vencedor que anuncia a conquista em nota.
Até ontem, disputavam a aquisição do banco duas entidades empresariais, uma delas um banco da praça. Mas o Grupo Carrinho foi dado como vencedor, ao ter oferecido uma proposta de 165.000 kwanzas por cada uma das 100 mil acções à venda daquele banco anteriormente pertencente ao Estado angolano.
Antes da conclusão venda, o grupo tinha na gestão Zenaida Zumbi, e vários administradores, tendo fechado o exercício financeiro 2020 com um total de activos de 467.363 milhoes de kwanzas e resultados líquidos positivos de 4.198 milhões de Kwanzas
Assim, ao assumirem o controlo do banco, os angolanos do Grupo Carrinho herdam um banco com um passivo de 441.079,6 milhões de kwanzas, mais 110% face ao total inscrito no balanço de 2019, conforme as contas do banco disponível no seu website.
Na nota que dá conta da consquista pelo Grupo Carrinho do BCI, os angolanos expressam os sua satisfação pelo activo comprado. “É motivo de muito orgulho, se não mesmo um feito histórico, tornar-se na primeira empresa genuinamente angolana, a fazer uma aquisição em bolsa, resultado de um intenso trabalho ao longo dos últimos 8 meses, tornado um sonho em realidade, sendo, por conseguinte, uma proeza sair deste processo na posição de vencedora”, lê-se na nota enviada à redacção da Forbes.
O grupo agradece ainda a actuação do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) e do Standard Bank Angola (SBA), na condução do processo. “Queremos igualmente aproveitar esta oportunidade para felicitar o IGAPE e o Standard Bank, pelo profissionalismo e rigor com que conduziram o processo. Este feito vem mais uma vez demonstrar o empenho da Carrinho SA, em investir em Angola e assim continuar a agregar valor à economia nacional, sendo prova mais de que evidente do compromisso da empresa com Angola e com os angolanos”, lê-se na nota.
