Exclusivo: Moçambique e Cabo Verde são mais relevantes para a Volkswagen que Angola

Os mercados de Cabo Verde e Moçambique são muito relevantes para a Volkswagen em África, enquanto o mercado angolano tem uma relevância menor, segundo apontou o director comercial da marca, para a região da África Subsaariana, Vinesh Ramchander, à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA,. O responsável que falava a margem da apresentação dos modelos Virtus e T-cross,…
ebenhack/AP
Qualidade do combustível e política de importação de carros afasta Volkswagen de Angola, enquanto taxa zero para veículos eléctricos aproxima à Cabo verde.
Economia

Os mercados de Cabo Verde e Moçambique são muito relevantes para a Volkswagen em África, enquanto o mercado angolano tem uma relevância menor, segundo apontou o director comercial da marca, para a região da África Subsaariana, Vinesh Ramchander, à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA,.

O responsável que falava a margem da apresentação dos modelos Virtus e T-cross, em Luanda, começou por dizer que não obstante a maior ou menor relevância, os mercados em questão são estratégicos, “já que o mercado automóvel só desenvolve com estes países. Europa e América já há pouco espaço para desenvolver”, admitiu.

Acresce a isso “a proximidade a África do Sul”, já que a empresa, que tem uma espécie de centro de operações continentais no país de Mandela e Jacob Zuma, “nunca olha para um país de forma isolada, mas para o conjunto todo”, disse, tendo acrescentado que Moçambique é um mercado relevante já que representa cerca de 4% do total das vendas no continente, enquanto Angola representa menos de 1%.

As motivações para esse registo são diferentes. No caso de Moçambique, justificou, “há muita proximidade com a África do sul, país onde a empresa quase tem o centro das operações no continente, e as muitas semelhanças nos mercados”.

Sobre Cabo Verde, há a questão da legislação favorável “a tributação zero a carros eléctricos”, disse, tendo referido que isso acaba colocando o país como ponto estratégico.

Já para Angola, a explicação recai a problemas com a qualidade do combustível. “Angola usa combustível do tipo euro-3, quando a Europa e os carros da marca já estão preparados para o combustível euro-6”, precisou, sublinhando que adiciona-se a isso a questão da política de importação de automóveis, que segundo Vinesh Ramchander, “permite que carros usados sejam importados como novos e acabam por competir com os modelos realmente novos”.

Questionado pela FORBES sobre o futuro nos mercados lusófonos africanos, Vinesh Ramchander não falou de Cabo Verde, mas disse que em Angola a meta é chegar aos 5% de relevância nos próximos três anos, enquanto em Moçambique, a estratégia passa por chegar aos 10% no mesmo período.

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