A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) atribuiu à cantora brasileira Fafá de Belém o título de Embaixadora da Boa Vontade, numa cerimónia realizada esta Terça-feira, 28, em Lisboa, na sede da organização.
A distinção, aprovada pelos chefes de Estado e de Governo na mais recente cimeira da CPLP, realizada em Julho na Guiné-Bissau, reconhece a artista como símbolo de expressão cultural e afectiva do espaço lusófono.
“Hoje não é a Fafá de Belém, é a Fafá da Lusofonia”, afirmou a Secretária Executiva da CPLP, Maria de Fátima Jardim, ao entregar o diploma, sublinhando que o acto “transcende a simples entrega de um título, representando o reconhecimento da influência da cultura, da arte, da música e da tradição como forças capazes de unir os povos e projectar a lusofonia no mundo”.
Segundo a responsável, os embaixadores da boa vontade da CPLP têm como missão “tocar consciências, educar, despertar sensibilidades e promover exemplos de expressão e de realce para os objectivos comuns da comunidade”.
Para Maria de Fátima Jardim, Fafá de Belém é “a expressão viva da cultura que fundamenta, sustenta e inspira o espaço lusófono que se universaliza através da música”.
A cantora, por sua vez, agradeceu a distinção e declarou ser “uma honra gigantesca esta aproximação com a CPLP”, manifestando o desejo de lançar um festival de música da lusofonia que promova o diálogo e a partilha cultural entre os países de língua portuguesa.
Comprometida em “dar visibilidade e representatividade, através da música, à cultura, à história e às intenções comuns da lusofonia”, Fafá de Belém afirmou que, pela arte, é possível aproximar povos, reforçar laços e inspirar novas formas de cooperação cultural, social e económica.
A nomeação de Fafá de Belém como embaixadora da boa vontade da CPLP simboliza a força da diplomacia cultural como pilar do soft power lusófono. Num contexto em que a língua portuguesa se afirma como vector de integração económica, cooperação académica e criação de valor simbólico, a música – transversal e universal – surge como instrumento estratégico de aproximação entre mercados e identidades.
A “Fafá da Lusofonia” representa, assim, não apenas uma voz artística, mas um elo entre nações unidas por uma herança partilhada e por um futuro em construção.
*Com Lusa





