Fernando Dias reivindica vitória e denuncia tentativa de detenção em plena crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau

Fernando Dias, um dos principais candidatos às eleições gerais da Guiné-Bissau, afirmou, através de um vídeo [amador] de circulação informal, que venceu o escrutínio e que, por esse motivo, “não existe qualquer motivação” para liderar um golpe de Estado. O político garantiu encontrar-se em segurança, embora sem revelar a sua localização. No vídeo, Dias descreve…
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Candidato afirma ter vencido à primeira volta e acusa Sissocó de criar um clima artificial de instabilidade. Num vídeo amador em circulação, o político relata tentativa de detenção durante reunião com observadores internacionais e pede mobilização popular.
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Fernando Dias, um dos principais candidatos às eleições gerais da Guiné-Bissau, afirmou, através de um vídeo [amador] de circulação informal, que venceu o escrutínio e que, por esse motivo, “não existe qualquer motivação” para liderar um golpe de Estado. O político garantiu encontrar-se em segurança, embora sem revelar a sua localização.

No vídeo, Dias descreve os momentos de tensão vividos durante o episódio de tiros registado na capital. “No momento do tiroteio, estávamos reunidos com representantes da comunidade internacional e observadores chefiados pelo antigo Presidente moçambicano Filipe Nyusi. Quando ouvimos os disparos, pedimos que todos se deslocassem para o hotel até que a situação fosse controlada. Momentos depois, três viaturas militares pararam no local, os militares encapuçados entraram na sala e tentaram deter-me, assim como a Domingos Simões Pereira. Não conseguiram porque a juventude do Partido resistiu”, relatou.

O candidato afirma que “a vitória eleitoral é clara e expressiva à primeira volta” e acusa o Presidente Umaro Sissoco Embaló de “simular uma situação de instabilidade que apenas prejudica o país”.

A Guiné-Bissau volta, assim, a confrontar-se com episódios de tensão política num momento em que ainda se aguardam dados oficiais consolidados das eleições.

Fernando Dias apelou igualmente a uma “forte mobilização popular” para exigir a libertação de Domingos Simões Pereira e de Octávio Lopes – jurista e alto dirigente do PAIGC –, que, segundo afirma, estarão detidos na Segunda Esquadra da Polícia, numa situação que aumenta a pressão sobre as autoridades e sobre o próprio processo eleitoral.

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