FMI e African Caucus pedem mais financiamento em África

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o African Caucus, grupo de países-membros africanos, apelaram para uma “necessidade urgente” de aumentar o financiamento concessional, solicitando o apoio de todos os parceiros para este processo. No final da reunião entre o FMI e o grupo africano, foi emitido um comunicado enfatizando a importância de canalizar mais financiamento…
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O FMI e o African Caucus pedem um aumento urgente do financiamento concessional para África, sublinhando a necessidade de apoio para enfrentar riscos económicos e climáticos.
Economia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o African Caucus, grupo de países-membros africanos, apelaram para uma “necessidade urgente” de aumentar o financiamento concessional, solicitando o apoio de todos os parceiros para este processo. No final da reunião entre o FMI e o grupo africano, foi emitido um comunicado enfatizando a importância de canalizar mais financiamento acessível para o desenvolvimento, especialmente para a adaptação e mitigação das alterações climáticas.

O comunicado, assinado pelo presidente do African Caucus, Wale Edun, pelo ministro das Finanças da Nigéria, e pela diretora executiva do FMI, Kristalina Georgieva, foi divulgado durante os Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem esta semana em Washington. O documento sublinha diversos riscos que afetam os países africanos, incluindo “a fragmentação geopolítica, os elevados custos de endividamento e o alto custo de vida”, que criam um “contexto desafiante para a definição de políticas”.

As prioridades políticas, segundo o FMI e os membros africanos, centram-se na garantia da recuperação económica, no combate aos desequilíbrios e na criação de espaço para investimentos necessários focados no desenvolvimento. O FMI projeta um crescimento económico de 3,6% para a África subsaariana este ano e de 4,2% para o próximo, evitando que a inflação diminua de 18,1% este ano para 12,3% em 2025. Apesar disso, o crescimento económico deverá manter-se à volta dos 4% até ao final da década, um valor considerado insuficiente para as necessidades da região.

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