O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que a economia de Angola deverá crescer 2,4% em 2024, com uma previsão para 2,8% em 2025. No entanto, este crescimento ficará abaixo da média regional, de acordo com as Perspetivas Económicas Mundiais divulgadas durante os Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem em Washington.
Segundo o relatório, Angola apresentará um crescimento inferior à média da África subsaariana, que deverá registar 3,6% em 2024 e 4,2% em 2025, bem como abaixo do grupo de países exportadores de petróleo, que deverá ter uma expansão de 2,7% em 2024 e 3,2% em 2025. Este grupo inclui países como a Nigéria, Gabão e Guiné Equatorial, além de Angola, que é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana.
O FMI também estima que a inflação em Angola alcance 28,4% este ano, com retorno para 21,3% em 2025. A média de inflação para a região está projetada em 18,1% em 2024 e 12,3% em 2025.
A Guiné Equatorial, embora registe crescimento económico este ano, é o único entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que deverá entrar em recessão em 2025, com uma queda prevista de 4,8%. Por outro lado, Cabo Verde deverá desacelerar gradualmente, passando de um crescimento de 5,1% no ano passado para 4,7% nos próximos dois anos.
Na Guiné-Bissau, espera-se estabilidade, com o crescimento a manter-se em 5% este ano e no próximo, enquanto São Tomé e Príncipe projeta uma recuperação económica, passando de 0,4% no ano passado para 1,1% em 2024 e 3,3% em 2025, coincidente com a implementação de um programa de ajuste financeiro do FMI.
Moçambique, pela sua vez, deverá enfrentar um abrandamento do crescimento, descendo de 5,4% no ano passado para 4,3% em 2024 e 2025.