FMI quer consolidação orçamental em Angola de um ponto percentual do PIB

O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer uma consolidação orçamental em Angola de, pelo menos, um ponto percentual do PIB anualmente, disse o representante da instituição no país, Vitor Lledo. “Há necessidade de regressar à consolidação orçamental para reforçar os amortecedores orçamentais e criar espaço para as necessidades de desenvolvimento”, disse. Segundo Vitor Lledo, que falava…
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“Há necessidade de regressar à consolidação orçamental para reforçar os amortecedores orçamentais e criar espaço para as necessidades de desenvolvimento”, diz representante da instituição no país, Vitor Lledo.
Economia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer uma consolidação orçamental em Angola de, pelo menos, um ponto percentual do PIB anualmente, disse o representante da instituição no país, Vitor Lledo.

“Há necessidade de regressar à consolidação orçamental para reforçar os amortecedores orçamentais e criar espaço para as necessidades de desenvolvimento”, disse.

Segundo Vitor Lledo, que falava em conferência de imprensa em Luanda, após terem sido apresentadas as conclusões da última análise a Angola do FMI, no âmbito do artigo IV, houve avanços em 2024, com aceleração do crescimento económico, sinais de declínio da inflação e redução da dívida externa.

O representante sublinhou que Angola tem necessidades de financiamento muito elevadas, lembrando que o serviço da dívida compromete mais de 30% das receitas não petrolíferas, “roubando” espaço fiscal para outras despesas prioritárias.

O relatório que deverá sair nas próximas semanas, de acordo com a Lusa, Lledo destacou a importância da consolidação orçamental para que seja possível gerar os amortecedores necessários para que Angola aumente a sua resiliência perante choques externos.

“A nossa observação é que esse processo de consolidação está desacelerando”, salientou, acrescentando que uma das recomendações do relatório relativamente ao orçamento de 2025 e ao quadro fiscal de médio prazo passa por uma consolidação adicional, por ano, de pelo menos um ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).

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