O preço médio de venda de imóveis na capital angolana, em 2021, foi de 269,5 milhões de kwanzas (cerca de 611,4 mil dólares), enquanto o de arrendamento se fixou nos 816,5 mil kwanzas (1.852 dólares), segundo dados do Relatório Imobiliário Detalhado sobre Luanda, que será lançado na próxima Segunda-feira, 10, pela AngoCasa – portal imobiliário online de referência em Angola, a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFOINA teve acesso em primeira mão.
Entre os vários dados sobre o sector imobiliário de Luanda, o documento avança ainda que o preço médio de venda de apartamentos no ano passado foi de 113 milhões de kwanzas (256,3 mil dólares), ao passo que o de venda de moradias se situou nos 260 milhões de kwanzas (589,8 mil dólares). Entre os condomínios mais pesquisados pelos potenciais clientes estão o Jardim de Rosas e Belas Business Park, sendo o distrito de Talatona a área com mais imóveis para venda.
O relatório da AngoCasa inclui valores, tipos, tipologias, localizações de imóveis e também indicadores-chave, relativamente aos perfis dos clientes que utilizam a sua plataforma. São mais de 200 páginas de informação, que permitirão traçar “um retracto fidedigno do actual mercado imobiliário de Angola”, acreditam os seus autores.
O documento traz informações abrangentes e dados temporários sobre o preço médio de venda e arrendamento por condomínio, preço médio de venda e arrendamento por tipo de imóvel, condomínios com maior procura, áreas da região com maior número de anúncios, perfil demográfico dos potenciais compradores, entre várias.
Para a concepção do relatório foram considerados dados de mais de 26 mil anúncios da província de Luanda publicados na plataforma imobiliária AngoCasa, entre 01 de Janeiro de 2020 e 30 de Junho de 2022.
Em breves declarações à FORBES sobre o actual momento do mercado imobiliário de Luanda, Kenneth Hogrefe, CEO da AngoCasa, refere que, após anos de queda dos preços imobiliários, assiste-se hoje ao início da recuperação, na medida em que, garante, os preços do arrendamento estabilizaram e em algumas áreas estão mesmo a subir. “Embora o número total de vendas ainda seja baixo, estamos a assistir a um aumento do interesse por parte dos compradores de imóveis”, realça Kenneth.
Após anos com um reduzido número de novas construções imobiliárias em curso e com muitos projectos de desenvolvimento já existentes em espera, a AngoCasa indica que vários projectos de construção foram retomados e que novos estão a ser planeados para os próximos anos.
“Esperamos um crescimento contínuo da procura de habitação, uma vez que se espera que a economia de Angola continue a crescer. A população de Luanda está agora estimada em mais de 8.900.000, segundo o worldpopulationreview.com, e com uma taxa de crescimento anual de quase 4%. A capital [angolana] pode tornar-se uma megacidade até 2025”, perspectiva o gestor.
De acordo com Kenneth Hogrefe, prevê-se uma elevada procura futura de habitação em várias categorias de preços, desde projectos de luxo a projectos de habitação acessíveis. “Na AngoCasa criámos uma secção específica de promoção imobiliária que ligará directamente os promotores imobiliários aos principais promotores em Angola”, avança.
Sedeada em Luanda, a tecnológica AngoCasa tem apostado no seu novo serviço de dados, contando com o apoio de uma equipa de profissionais de Data Science para transformar o volume de dados existentes na sua plataforma em informação útil e relevante para empresas e investidores.