O Fundo Africano de Desenvolvimento (ADF), braço de empréstimos concessionais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), registou o maior aumento das receitas, totalizando 446,54 milhões de dólares em Dezembro de 2023, face a 201,94 milhões de dólares em Dezembro de 2022, marcando o seu maior excedente (154,65 milhões de dólares), nos últimos 20 anos.
Do mesmo modo, o Fundo Fiduciário da Nigéria demonstrou um melhor desempenho financeiro, com as receitas a atingirem 8,33 milhões de dólares, um aumento notável em relação aos 3,38 milhões de dólares registados em Dezembro de 2022.
No relatório anual, o BAD também demonstrou a sua capacidade de cumprir as suas obrigações, dando prioridade à governação, às reformas, ao cumprimento e à responsabilização.
O documento a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso indica que, em 2023, o Banco Africano de Desenvolvimento atingiu 95 % de conclusão da implementação do seu Plano Integrado de Garantia da Qualidade, destinado a melhorar a qualidade das suas operações para aumentar o seu impacto no desenvolvimento.
As cinco grandes prioridades do Banco, conhecidas como High5 (iluminar e electrificar África, Aalimentar África, industrializar África, integrar África e melhorar a qualidade de vida das pessoas em África), registaram todas um aumento das aprovações em 2023, excepto Alimentar África’, que registou uma diminuição.
Contudo, a diminuição das aprovações do programa alimentar África em relação ao nível excepcionalmente elevado registado em 2022 resulta do Mecanismo Africano de Produção Alimentar de Emergência, criado em 2022 para compensar a interrupção do abastecimento alimentar em todo o continente devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.