O Fundo de Garantia de Crédito de Angola (FGC) está a negociar com o Banco Mundial a redução da taxa de juro, no sentido de facilitar os empreendedores no acesso ao crédito.
A informação foi avançada esta Sexta-feira, em Luanda, pelo presidente do conselho de administração do FGC, Luzayadio Simba, à margem do “fórum indústria como factor gerador de riqueza: desafios e oportunidade”.
Segundo o PCA, hoje, os empreendedores preferem aderir ao Aviso n.º 10 do Banco Nacional de Angola, porque tem uma taxa 7.5% do que a taxa do mercado, que ronda no intervalo de 15 a 21%.
“A negociação que estamos a fazer nessa altura, com o apoio do Ministério do Planeamento, junto do Banco Mundial, é que haja uma compensação, ou seja, uma subvenção a essa taxa de juro para que não seja uma taxa de juro do mercado, de modo a impulsionar os investimento e adesão ao programa Diversifica Mais”, garantiu.
Luzayadio Simba assegurou que Fundo de Garantia de Crédito implementou medidas para aprimorar o acompanhamento de projectos com garantias públicas, no sentido de aumentar a eficiência e eficácia dessas iniciativas.
O gestor fez saber que a falta de monitoramento adequado no passado resultou em desvios de finalidade, como observado no extinto Programa Angola Investe.
“Por isso, o FGC estabeleceu uma Direcção de Acompanhamento dedicada a monitorar os projectos desde a concessão da garantia até a conclusão da amortização do crédito, sublinhou”.
Essa abordagem, em colaboração com bancos comerciais, disse o PCA, tem contribuído para uma redução significativa dos níveis de não pagamento do crédito em projectos com garantias públicas.
Por outro lado, Luzayadio Simba informou que o Fundo de Garantia de Crédito firmou parcerias com duas sociedades de micro-crédito para apoiar empresários e micro-negócios que enfrentam dificuldades de acesso ao sistema bancário tradicional.
“Embora essas operações sejam de menor escala, exigem um acompanhamento rigoroso para assegurar seu sucesso. A nossa instituição também actua na orientação e reestruturação de projectos que apresentam fragilidades, como estruturação inadequada, falta de conhecimento dos promotores sobre o negócio, solicitações de valores incompatíveis com a dimensão do projecto e inexperiência na área de actuação”, concluiu.
Recorde-se que o Fundo de Garantia de Crédito foi capitalizado, em 2024, com 80 milhões de dólares, pelo Banco Mundial, no âmbito do Projecto “Diversifica Mais”, com vista a reforçar o apoio às micro, pequenas e médias empresas.