O ministro dos Recursos Mineras, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo apontou esta Quarta-feira, 03, na Conferência e Exposição Angola Oil e Gas, que o gás natural é peça central da visão do sector sobre a transição energética.
O governante disse que neste contexto, o novo Consórcio de Gás, criado em 2020, está a desenvolver os dois primeiros campos de gás não associado, Quiluma e Maboqueiro, cujo primeiro gás está previsto para breve.
“Adicionalmente, temos a destacar a perfuração com sucesso do poço de exploração Gajajeira-1 que reforça as perspectivas do Plano Director do Gás, instrumento que prevê a criação de uma indústria doméstica para aproveitamento do gás natural, geração de energia eléctrica, produção de fertilizantes e para a indústria petroquímica e siderúrgica”, referiu.
Segundo Diamantino, no segmento da refinação a prioridade é garantir progressivamente a autossuficiência em combustíveis e reduzir as importações.
“Concretizamos a ampliação da Refinaria de Luanda em 2022, inaugurámos a Refinaria de Cabinda esta semana e continuamos com a construção da Refinaria do Lobito, enquanto reavaliamos o projecto do Soyo”, enfatizou o ministro.
A inauguração, no início deste ano, do Terminal Oceânico da Barra do Dande, com capacidade de 582 mil metros cúbicos, segundo disse, permitiu eliminar a armazenagem flutuante de combustíveis líquidos e gasosos e criar as condições para posicionar Angola como um centro regional de distribuição de derivados.
Entretanto, Azevedo ressaltou que com a aprovação do Decreto Presidencial nº 271/20, unificaram e melhoraram a legislação sobre o conteúdo local e estabeleceram regimes de participação para empresas nacionais.
Actualmente, continuou, mais de 300 empresas angolanas prestam serviços à indústria petrolífera. “O compromisso é ampliar e melhorar a qualidade dessa participação, garantindo emprego, conhecimento e riqueza para os angolanos”, assegurou o governante.
Por outro lado, realçou que enquanto consolidam a fileira de petróleo e gás, Angola investe em biocombustíveis, energia solar e hidrogénio verde.
“Este caminho assegura que o nosso país valoriza todas as formas de energia, comprometida com uma transição justa e equilibrada, que alia segurança energética, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento social”, sublinhou Diamantino Azevedo.