A expulsão de imigrantes como a agora anunciada por Portugal é encarada com naturalidade pelo Governo da Guiné-Bissau que disse estar “de braços abertos” para receber os cidadãos guineenses eventualmente atingidos por esta medida.
A posição foi transmitida nesta Terça-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, à margem de um encontro com uma delegação da União Europeia, em Bissau.
Questionado sobre a notícia de que 4.579 pessoas vão ser notificadas em breve para abandonar Portugal por verem indeferidos os processos de permanência, o ministro guineense afirmou que “se houver situações, quer em Portugal ou em qualquer outro país”, os cidadãos guineenses podem regressar a casa.
“A Guiné-Bissau não vira costas aos cidadãos guineenses, o país estará sempre de braços abertos para receber os seus filhos”, declarou.
O chefe da diplomacia da Guiné-Bissau disse que compreende “perfeitamente aquilo que cada país tem ao nível dos compromissos que assume no quadro comunitário em que se enquadra”.
Carlos Pinto Pereira acrescentou que “é natural que assim aconteça” e apontou que está a acontecer na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em África, na América, “em todo o lado está a acontecer”.
“É de facto importante que a emigração se faça num quadro legal, que as pessoas possam ser recebidas da melhor maneira nos países para onde se dirigem”, concluiu, citado pela Lusa.