Governo moçambicano aguarda propostas para venda da mina de carvão de Tete

Várias “propostas firmes” de investidores interessados em comprar e explorar a concessão de carvão de Teté, em Moçambique, actualmente sob gestão da empresa brasileira Vale, são aguardadas, até Dezembro, pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energias do país. A previsão é do titular da pasta daquele Ministério, Max Tonela, que considera que, que, para já,…
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Substituição de exploradores arranca em Setembro, com um rigoroso processo de 'due dilligence' por parte dos interessados, que devem visitar instalações do polo mineiro de Tete.
Economia

Várias “propostas firmes” de investidores interessados em comprar e explorar a concessão de carvão de Teté, em Moçambique, actualmente sob gestão da empresa brasileira Vale, são aguardadas, até Dezembro, pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energias do país.

A previsão é do titular da pasta daquele Ministério, Max Tonela, que considera que, que, para já, a estratégia deve arrancar com um minucioso processo de due dilligence, que inclui visitas dos interessados no negócio às instalações da mina, precisamente em Setembro.

“Prevemos para o próximo mês de Setembro que os vários investidores interessados possam fazer um trabalho de due dilligence (recolha de informação), visitando o projeto da Vale em Moçambique, e, até finais de Dezembro, poderão apresentar propostas firmes”, perspectiva o ministro Max Tonela, quando respondias a perguntas dos jornalistas.

Após recepção das propostas de investimentos, segue-se outro processo, nomeadamente um ‘pente-fino’ a ser realizado pelo Governo, como forma de avaliar o potencial das empresas, para, depois, emitir pronunciamentos sobre o cumprimento da legislação moçambicana sobre esse tipo de transacções.

O Governo prevê que o processo de desinvestimento da companhia brasileira que explora a mina de Tete deve estar fechado até 2022. “O processo de desinvestimento da Vale está a prosseguir conforme o cronograma estabelecido”, garante Max.

A justificar a retirada dos brasileiros da Vale à frente da exploração da mina de Tete está o facto de a empresa ter adquirido uma participação de 15% na mina de carvão de Moatize, anteriormente pertencente aos japoneses da Mitsui. Com isto, os brasileiros passam a responder por 100% da concessão de carvão de Moatize, outra mina de exploração situada no ‘coração’ de Moçambique.

Por meio de um comunicado, o governo moçambicano esclarece que a transacção visa facilitar o “desinvestimento” da empresa brasileira na exploração de carvão em Tete, anunciado pela Vale em Janeiro.

O Executivo quer que o processo de reestruturação da Vale deverá salvaguardar os postos de trabalho e os direitos das comunidades onde a empresa opera, para além de assegurar a continuidade do cumprimento das obrigações legais e dos contratos de bens e serviços.

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